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Sucesso das empresas da indústria dependerá dos “recursos humanos”

Ter a capacidade de reter talento será fundamental para o sucesso das empresas, consideram os participantes na conferência sobre “a aceleração exigida á indústria”, promovida pelo Jornal Económico e pela Multipessoal.
15 Outubro 2021, 17h00

O sucesso das empresas depende da sua capacidade de captarem e gerirem recursos humanos, especialmente num contexto de aprofundamento do processo de digitalização, consideraram os intervenientes na conferência “A aceleração exigida à Industria”, promovida pelo Jornal Económico (JE) e pela empresa de recrutamento Multipessoal.

A conferência “A aceleração exigida à Industria” foi transmitida esta sexta-feira, 15 de outubro, através da palataforma multimédia JE TV, contou com a participação de António Saraiva, presidente da CIP – Confederação Empresarial de Portugal; Luís Fernandes, CEP da Cimpor; Tiago Monteiro, diretor executivo da Microsoft Portugal; Pedro Vitorino, senior finance director da Farfetch; e André Ribeiro Pires, chief operating officer da Multipessoal.

António Saraiva defendeu que a “seleção e retenção de talento” vai ser fundamental para a capacidade das empresas triunfarem.

“[É preciso] saber muito bem o que se quer fazer e para onde se quer ir, não andar ao sabor da correntes e das modas”, disse, defendendo a necessidade de as empresas terem uma estratégia, com “um horizonte temporal bem definido”.

Luís Fernandes também destaca a importãncia da retenção de talento.  “É necessário que as empresas olhem para esta geração de um modo completamente diferente”, defendeu, argumentando que, atualmente, “surgem constantemente novas oportunidades e se o projeto não for apetecível há fuga de talentos”.

Pedro Vitorino, admite que a valorização de talento é importante para o sucesso dos negócios, mas acredita ser mais importante “não perder a visão dos clientes e do nosso mercado”. “Esse é também um grande desafio que temos. Não podemos perder esse foco de evoluir e estar sempre a melhorar”, completou.

Num debate em que a importância da tecnologia esteve muito presente, pela necessidade de as empresas investirem e se adaptarem ao processo generalizado de digitalização das atividades, Tiago Monteiro, defendeu que a tecnologia é operacional e que os recursos humanos são fundamentais. “A tecnologia vale de muito pouco se não tivermos pessoas”, afirmou.

“Há determinado tipo de princípios sobre a forma como gere equipas, como gere projetos, que naturalmente deveriam estar refletidos e assentes sobre o potencial da tecnologia que traz colaboração, inovação”, destacou.

A conferência sobre “a aceleração exigida à indústria” foi quarta e última conferência de um ciclo sobre a evolução do emprego em Portugal, durante o qual foram analisados, em diferentes vertentes, os desafios que se colocavam antes da eclosão da pandemia de Covid-19, a adaptação ao período de exceção vivido nos últimos 20 meses e as perspetivas futuras, no pós-pandemia, no quadro da aceleração de tendências verificada e da retoma da generalidade das atividades económicas.

“As diferentes perspetivas obtidas nos debates representarão, com toda a certeza, a realidade do emprego em Portugal, agora e nos próximos anos”, disse André Ribeiro Pires ao JE. “[Com a conferência de hoje], foram trabalhadas quatro dimensões críticas para o desenvolvimento do emprego”, num quadro de incerteza, “que obriga a maior agilidade das instituições, dos governos e da regulamentação para manter a competitividade de Portugal a uma escala global”, acrescentou.

A conferência foi transmitida através da plataforma multimédia JE TV e das contas do Jornal Económico nas principais redes sociais e continuará disponível em www.jornalecononomico.pt.

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