A aliança “contribuiu bastante” para o crescimento que a Nissan registou no início dos anos 2000, considerou, na sua primeira conferência de imprensa como diretor-geral, na sede do grupo em Yokohama.
No entanto, a Nissan acabou por “criar uma cultura de empresa que forçava os funcionários a dizerem ‘é possível’ quando não era”, afirmou, sem nunca se referir a Carlos Ghosn, antigo líder do grupo e da aliança, que foi detido no Japão e acusado de má gestão.
Essa pressão levou a Nissan a privilegiar um crescimento a curto prazo em detrimento de investimentos para o futuro, acrescentou Uchida, citado pela AFP.
O novo líder da Nissan disse querer fixar objetivos “ambiciosos, mas viáveis” e continuar os esforços do grupo na aliança com base na “transparência, confiança e respeito mútuo, preservando, no entanto, a independência da Nissan”.
“A aliança deve ser benéfica para os três parceiros, é preciso desenvolvê-la e reforçá-la”, afirmou o responsável, que desde 2018 liderava as atividades da Nissan na China.
Os lucros e as vendas da Nissan têm sido penalizados pelo abrandamento do mercado automóvel mundial, mas também pela falta de renovação dos modelos.
O grupo iniciou este ano uma vasta reestruturação da sua capacidade de produção, tendo em vista uma redução desta em 10% até ao final de março de 2023, o que vai levar a uma redução de 12.500 empregos em todo o mundo.
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