A Suécia tem 2.526 casos confirmados de Covid-19 mas está a tornar-se uma exceção internacional devido à sua resposta ao vírus, avança o ‘Financial Times’. De acordo com o jornal, o país está a manter as escolas abertas e adotou poucas medidas restritivas, embarcando numa “enorme experiência”, segundo um especialista de saúde.
Atualmente, a Suécia é o maior país europeu que não bloqueou as fronteiras e que não impôs restrições de movimentos de pessoas. As escolas até aos 16 anos continuam abertas, muitos cidadãos continuam a ir trabalhar e os transportes públicos estão lotados. “Obviamente que a Suécia se está a destacar”, assumiu o ex-primeiro-ministro.
As autoridades proibiram grandes aglomerados públicos com mais de 500 pessoas, encerraram universidades e aconselharam os trabalhadores a ficar em casa, optando pelo teletrabalho. Esta terça-feira, as autoridades suecas pediram aos restaures e bares para servirem nas mesas, em vez dos bares, uma vez que a proximidade com os empregados é maior.
A Suécia é, atualmente, o 13º país europeu com mais casos de infeção, ficando atrás de Portugal.
Segundo a comunicação social sueca, até ao sábado passado, centenas de pessoas estavam a reunir-se nas estâncias de ski, mantendo a vida social. Ainda assim, é importante lembrar que este vírus atingiu estâncias nas montanhas invernosas da Áustria e de Itália.
O chefe da autoridade de saúde pública defendeu que o país “não se podem tomar medidas excessivamente rigorosas que têm um impacto limitado na pandemia, mas que ignoram as funções da sociedade”, impedindo-a de funcionar corretamente.
Com 2.526 infetados, 44 óbitos e 16 recuperados, “o futuro ainda parece manobrável”, apontou um epidemiologista sueco, ainda que outros especialistas em saúde pública discordem da sua opinião.
A Suécia está à procura de desacelerar a propagação do número de infeção, para garantir que o sistema de saúde não fique sobrecarregado, como já está a acontecer em muitos países europeus. Ainda que as restrições sejam poucas, os especialistas sustentam que as ruas de Estocolmo mudaram drasticamente, com uma redução no número de pessoas que sai à rua.
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