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Super-ricos. Lista cresceu em mais de 31 mil nomes no ano passado

Países como Índia, Egipto, Vietname, China e Indonésia concentraram os maiores aumentos de fortunas durante o último ano. 
  • DR
4 Março 2020, 20h45

Mais de 31 mil pessoas começaram a integrar o ranking dos “super-ricos” durante o ano passado, quando as suas fortunas de milhões beneficiaram do aumento dos mercados bolsistas e do aumento que os preços imobiliários têm verificado nos últimos anos.

O número de indivíduos cujo património líquido muito elevado, ou seja, com ativos acima de 30 milhões de dólares (27 milhões de euros), aumentou 6% em 2019 para 513.244 indivíduos, segundo o relatório divulgado pela consultora Knight Frank. Assim, e segundo aponta o ‘The Guardian’, o número de ultra-ricos ultrapassa as populações da Islândia, Malta ou Belize.

O relatório da consultora Knight Frank indicou ainda que a perspetiva é que o número de super-ricos cresça mais 27% para 650 mil indivíduos até 2024. Países como Índia, Egipto, Vietname, China e Indonésia concentraram os maiores aumentos de fortunas durante o último ano.

A consultora revelou que embora 2019 tenha sido “um ano com muitos tumultos” para vários investidores e fundos de pensão, a maioria dos que somam grandes fortunas indicaram um crescimento das suas fortunas pessoais. Ainda assim, as fortunas mais modestas também observaram alguns acréscimos.

“Economicamente, 2019 foi um ano tumultuoso, com o Fundo Monetário Internacional a reduzir a sua previsão de crescimento do PIB global de 3,5% em janeiro de 2019 para 2,9% em janeiro de 2020, o nível mais baixo dos últimos 10 anos”, indica o mesmo relatório da consultora.

O diretor do gabinete de pesquisa da Knight Frank, Liam Bailey, diz que perto de metade dos ultra-ricos se encontram nos EUA, com mais de 240 mil pessoas a amealhar valores superiores a 30 milhões de dólares, enquanto alguns países da Ásia e África se encontram na lista onde o número de indivíduos com grandes fortunas tem aumentado significativamente.

“É entusiasmante ver como a riqueza se está a desenvolver em toda a Ásia, com o número de ultra-ricos na Índia, Vietname, China e Malásia vão ultrapassar outros mercados, nos próximos cinco anos”, sublinhou Bailey. “Será interessante ver como isso afeta o mercado imobiliário global”.

De acordo com os dados divulgados pelo relatório, a população de super-ricos na Índia deve aumentar até 73% durante os próximos cinco anos, partindo dos seis mil milionários registados em 2019. Por sua vez, o Egipto, onde existem 764 milionários, deverá ser o segundo país a observar o maior crescimento, com um acréscimo que pode chegar aos 66% até 2024.

No Reino Unido, por exemplo, a população milionária cresceu 4 para 14.400 ultra-ricos, colocando o Reino Unido em sexto lugar, ficando atrás dos EUA, China (61.600), Alemanha (23 mil), França (18.800) e Japão (17 mil).

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