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Superliga Europeia: “Há vontade política contra este modelo”, afirma presidente da La Liga

Javier Tebas assume estar preocupado com a decisão que será tomada pelo Tribunal de Justiça Europeu a 21 de dezembro. Sobre a organização do mundial de futebol, considera ser importante para as sociedades que os países se desenvolvam com este tipo de eventos desportivos.
Presidente da La Liga, Javier Tebas
14 Novembro 2023, 15h20

O presidente da La Liga está confiante de que a Superliga europeia não irá avançar por força da vontade política negativa sobre este modelo de competição.

Em conferência de imprensa realizada na WebSummit, Javier Tebas, assumiu que apesar de tudo continua preocupado com o desenrolar deste processo.

“É uma questão judicial, claro que me preocupa muito. “Politicamente, a União Europeia é muito clara sobre este modelo da Superliga, assim como os países e o parlamento europeu, que são totalmente contra. Portanto, há uma vontade política”, referiu Javier Tebas.

De resto, o presidente da La Liga considera que do ponto de vista regulamentar, no âmbito do desporto profissional e, neste caso, do futebol profissional, “é quase impossível existir este tipo de competição apenas com grandes clubes europeus”.

O Tribunal de Justiça Europeu vai decidir a 21 de dezembro se a UEFA e a FIFA agiram de forma legal ao bloquearem a criação da Superliga europeia em abril de 2021. Essa decisão será uma interpretação vinculativa do direito comunitário e, uma vez proferida, o processo será remetido para o Tribunal de Comércio de Madrid.

Outro dos temas abordado nesta conferência de imprensa foi a organização do mundial de futebol de 2030 entre Portugal, Espanha e Marrocos. Javier Tebas assumiu que este tipo de eventos são sempre muito importantes para os países que “aproveitam para reformular os seus estádios e as infraestruturas do próprio país”.

Durante a conversa com os jornalistas o líder da La Liga foi ainda questionado sobre o facto de alguns clubes europeus serem financiados por países, dando o exemplo dos ingleses do Manchester City, liderados pelo City Group dos Emirados Árabes Unidos.

“Muitas vezes pensamos como pode um clube-Estado estar nas competições europeias. O que pedimos é que se submetam a mais controlo económico e que não sejam financiados constantemente com ajudas públicas desses Estados. Pedimos respeito. Acreditamos e queremos que sejam submetidos a normas de controlo económico. É isso que defendemos”, sublinhou Javier Tebas.

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