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Taiwan não quer confronto com a China, mas queixa-se de aumento da pressão

A ilha está entre dois problemas: o aumento da pressão militar da China, e o debate com Washington sobre tarifas – que, no seu caso, é suposto chegar à fasquia dos 32%.
Orçamento da defesa: 11 mil milhões de dólares
18 Julho 2025, 10h49

Taiwan não procurará um conflito com a China e não provocará confrontos, mas a postura militar “agressiva” de Pequim foi contraproducente, disse a vice-presidente Hsiao Bi-khim em resposta àquilo que considera ser um aumento da pressão militar do continente sobre a ilha.

Falando ao Clube de Correspondentes Estrangeiros de Taiwan na capital, Taipé, Hsiao disse que a pressão chinesa sobre Taiwan aumentou nos últimos anos, mas que o povo da ilha é amante da paz. “Não buscamos o conflito; não vamos provocar um confronto”, disse, reiterando a oferta do presidente Lai Ching-te, eleito há pouco mais de um ano, de negociações entre Taipé e Pequim.

Durante décadas, o povo e os negócios de Taiwan contribuíram para o crescimento e a prosperidade da China, o que só foi possível em um ambiente pacífico e estável, acrescentou Hsiao. “A postura militar agressiva é contraproducente e priva as pessoas de ambos os lados do Estreito de Taiwan da oportunidade de ter uma agenda de crescimento e prosperidade”, disse. “Defender o status quo (com a China) é nossa escolha, não porque seja fácil, mas porque é responsável e consistente com os interesses de toda a nossa região.

Taiwan, um grande produtor de semicondutores patrocinado pelos Estados Unidos desde as décadas de 60 e 70 do século passado, enfrenta outro desafio internacional no momento: negociações tarifárias com os Estados Unidos, que surgem para surpresa de todos, dada a posição preponderante que o território assume precisamente no segmento dos semicondutores, essenciais para aquele país.

Taiwan continua em negociações com Washington, após o anúncio do presidente Donald Trump, em abril, de que a ilha estaria sujeita a uma tarifa de 32%, que foi posteriormente suspensa para facilitar as negociações. “Com os Estados Unidos, os nossos negociadores estão literalmente a trabalhar sem parar, esforçando-se para chegar a um acordo sobre tarifas recíprocas para alcançar o equilíbrio comercial e, ao mesmo tempo, promover mais cooperação bilateral em tecnologia, investimentos e outras áreas”, disse Hsiao.

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