TAP é plano B da holding IAG se falhar compra da Air Europa

A companhia aérea portuguesa é o plano B da holding que detém a British Airways e a Iberia caso falhe a aquisição da Air Europa, avança esta segunda-feira o “Cinco Dias”, o caderno de economia do jornal “El País”.

Escrevem os espanhóis que “a iminente abertura de um processo de venda da companhia portuguesa TAP não mudou o objetivo prioritário da holding IAG de reforçar a Iberia com a aquisição da Air Europa”.

Avança o “Cinco Dias” que a holding IAG está a acompanhar de perto a operação e que a TAP será “um plano alternativo” se Bruxelas “voltar a colocar reticências à compra da Air Europa.

A imprensa espanhola dá conta que o Governo português tem vindo a “cortejar a IAG, inclusivamente com distintas declarações públicas sobre o encaixe de uma integração da TAP com a Iberia”. No entanto, o “Cinco Dias” explica que António Costa Silva “mudou o tom” a partir do momento em que declarou não lhe parecer “uma boa solução” a compra da TAP por parte da Iberia.

Realça o “Cinco Dias” que a holding IAG está a acompanhar o fecho das negociações da Globalia para a aquisição da Air Europa, “movimentação que continua a ser encarada com otimismo por parte dos responsáveis da Iberia”, sendo que nórdica SAS e Finnair também são candidatas a avançar para a compra da Air Europa.

“A companhia portuguesa tem grande parte do seu mercado de longo curso no Brasil, onde se impone às restantes companhias europeias”, explica um analista deste mercado, “não seria estranho que um potencial dono como Air France pudesse potenciar as rotas da TAP para o resto da América Latina”.

Na semana passada, Fernando Medina avançou que esperava apresentar em breve ao Conselho de Ministros o arranque do processo de privatização da TAP, que deverá passar pela venda de mais de 51% do capital do Estado na companhia, mantendo em aberto os dois cenários: privatização parcial ou total.

Avançou o JE na última edição que o Estado deverá ter “abertura” para ambas as possibilidades, fazendo depender do” interesse e mérito das propostas”, num processo em que “será privilegiado quem apostar na economia portuguesa e a manutenção do hub em Lisboa.

Atualizado às 11h59