A atividade da TAP em fevereiro de 2021 acentuou a tendência decrescente no que respeita ao número de voos e à capacidade da companhia aérea (medida em ASK – Available Seat Kilometer, que quantifica o número total de lugares disponíveis para venda, multiplicado pelos quilómetros voados), comparando com fevereiro de 2020, ainda na pré–pandemia da Covid-19, com a TAP a “reduzir em 89% o número de voos e em 92% a capacidade em ASK, em virtude do agravamento das medidas restritivas, por todas as regiões do mundo, como modo de contenção da pandemia”, sabe o Jornal Económico (JE). Assim, neste período, o número de lugares disponíveis para venda pela TAP (em ASK) caiu, respetivamente, de 3.853.659 para 294.074, ou seja, teve uma redução de 3.559.584 lugares, confirmou o JE.
Neste sentido, também a IATA “revê, em baixa, as suas projeções de capacidade (em ASK), em todos os cenários, particularmente no curto prazo, com menos 7 pontos percentuais para março, que se espera em linha com fevereiro, e menos 1 ponto percentual de abril em diante”. O JE sabe que “a TAP projeta, para os próximos meses, uma capacidade em linha com o cenário moderado da IATA”, confirmando que o número de voos da TAP caiu pelo quarto mês consecutivo até março de 2021. A 10 de março a TAP ajustou a sua oferta de capacidade em menos 10% face à operação publicada em janeiro para o primeiro trimestre deste ano, em virtude do impacto das restrições em mercados como Angola, Brasil e Reino Unido, resultando “numa variação de menos 83% face ao primeiro trimestre de 2019”.
Analisando os voos realizados pela TAP em janeiro e fevereiro de 2021, quando fez, respetivamente, 3.009 e 1.077 voos, o CEO da TAP, Ramiro Sequeira, comentou internamente, esta quarta-feira, 24 de março, que, “pelo quarto mês consecutivo o número de voos tem descido, com fevereiro a verificar uma queda mais acentuada, tendo-se realizado apenas 1.077 voos, um terço do número de voos de janeiro”, estando “ambos os números muito distantes dos mais de 10.000 voos por mês, operados em janeiro e fevereiro de 2019 e 2020”.
“A taxa de ocupação média global da TAP, quando ponderada com o volume de voos realizados em cada mês, entre outubro e dezembro de 2020, é de 52%, vinte e seis pontos percentuais abaixo da taxa média global de 2019, apesar dos sucessivos e constantes ajustes de capacidade realizados ao longo do último ano”, adiantou o CEO da TAP.
“A evolução da oferta da TAP em ASK, ao longo do último ano mostra o esforço sistemático do ajuste da capacidade operacional à procura, de modo a proteger a caixa e a sustentabilidade financeira da empresa”, informou a TAP internamente. Já a 10 de março a TAP ajustou “em baixa, menos 10% face à operação publicada em janeiro, a sua capacidade para o 1º trimestre deste ano em virtude do impacto das restrições em mercados como Angola, Brasil e o Reino Unido, resultando numa variação de menos 83% face a igual período de 2019”, sabe o JE.
Note-se que, no curto prazo e no cenário moderado, a projeção da IATA, no que respeita à procura agregada nos mercados onde a TAP opera (África, Europa, América do Norte e do Sul) para junho de 2021 prevê uma recuperação de 63% do tráfego global, de 77% do tráfego doméstico e de 55% do tráfego internacional, comprovando a retoma lenta estimada, particularmente no tráfego internacional.
Os números que a TAP apresenta resultam do “agravamento das medidas restritivas a que assistimos em todas as regiões do mundo, na sequência da segunda e terceira vagas da pandemia, bem como da identificação das novas estirpes do coronavírus”, referiu Ramiro Sequeira, sublinhando que “estas medidas têm-se centrado em quarentenas, fechos parciais e totais e têm tido um impacto muito significativo na indústria da aviação mundial, e na TAP em particular”.
Relativamente à retoma, agora adiada para o segundo trimestre, a administração da TAP frisa que “a IATA reviu, em baixa, as suas projeções de capacidade (em ASK), em todos os cenários, particularmente no curto prazo”, com previsões de “menos 7 pontos percentuais para março, que se espera em linha com fevereiro, e menos 1 ponto percentual de abril em diante”.
Assim, no curto prazo e no cenário moderado, “a projeção da IATA no que respeita à procura agregada nos mercados onde a TAP opera (África, Europa, América do Norte e do Sul) para junho de 2021 prevê uma recuperação de 63% do tráfego global e de 55% do tráfego internacional, comprovando a retoma lenta estimada, particularmente no tráfego internacional”, adiantou Ramiro Sequeira, revelando que “a TAP projeta, para os próximos meses, uma capacidade em linha com o cenário moderado da IATA”, pelo que – refere –, “em consequência, a 10 de março ajustámos a nossa oferta de capacidade em menos 10% face à operação publicada em janeiro para o primeiro trimestre deste ano, em virtude do impacto das restrições em mercados como Angola, Brasil e Reino Unido, resultando numa variação de menos 83% face ao primeiro trimestre de 2019”.
Para o segundo trimestre “as projeções são um pouco mais otimistas, prevendo-se que a percentagem da capacidade (medida em ASK) suspensa, face a igual período de 2019, venha a diminuir, gradualmente, com valores de menos 61% em abril, menos 58% em maio e menos 45% para junho”, revelou igualmente Ramiro Sequeira, esclarecendo que “estas projeções contam com a evolução positiva da pandemia, com a expansão da vacinação e com o levantamento de algumas restrições à mobilidade das pessoas, como já se verificou com Angola e Reino Unido”.
“Como é evidente, este cenário pode-se alterar rapidamente em virtude da evolução das restrições e imposições à mobilidade das pessoas. É neste contexto operacional, que nos mantemos confiantes de que o Plano de Reestruturação, que agora carece de definição e implementação concreta, é chave para alcançar o gradual e progressivo reequilíbrio económico-financeiro”, comentou o CEO da TAP, agradecendo a todos os trabalhadores do Grupo TAP “a entrega, o profissionalismo e a resiliência”.
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