A TAP vai contratar um consultora e um banco de investimento para o processo de reestruturação da empresa.
“A TAP está a fazer o processo de escolha da consultora e do banco de investimento que vão acompanhar todo o processo de reestruturação, gostava que fosse já com o CEO interino”, afirmou hoje o ministro das Infraestruturas em declarações aos jornalistas no Parlamento.
O governante apontou que a escolha da consultora e do banco de investimento será feita pela própria TAP e não pelo acionista Estado. “No que diz respeito às empresas que vão apoiar o processo de reestruturação, a consultora e o banco de investimento, aí é a TAP a contratar”, disse.
No início de julho, quando anunciou que o Estado iria aumentar a sua participação na TAP, o ministro concedeu que o plano de reestruturação da empresa “não vai ser fácil”.
“O processo de reestruturação vai ser fácil? Não, não vai. Não queremos ter uma empresa sobredimensionada, para não desperdiçar os recursos dos portugueses”, particularmente numa altura em que o setor mundial da aviação enfrenta uma grave crise, disse Pedro Nuno Santos a 2 de julho.
“Queremos fazer um processo de reestruturação saudável do ponto de vista financeiro e preparado do ponto de vista operacional para o futuro”, destacou Pedro Nuno Santos.
Numa primeira fase, a TAP vai receber do Governo uma tranche de 250 milhões de euros, que faz parte do empréstimo total de 1.200 milhões de euros. Como a TAP não tem dinheiro para pagar de volta este empréstimo no prazo de seis meses, a TAP terá de ser submetida a um plano de reestruturação, conforme estipulado pela Comissão Europeia.
Depois, o acionista Estado tem um prazo de seis meses para apresentar em Bruxelas o plano de reestruturação da TAP que terá de ser aprovada pelo Comissão Europeia.
Na altura, o ministro não quis estar a fazer cenários sobre se podem vir a ter lugar despedimentos na empresa, no âmbito deste plano de reestruturação.
“Inevitabilidades não as assumo. Não é por desonestidade, mas não faz sentido estar a assumir cenários que decorrerão do plano de reestruturação”, afirmou a 2 de julho.
“As soluções para um processo de reestruturação são várias. Há uma negociação a ser feita com a Comissão Europeia, há uma defesa a ser feita pelo Estado da TAP junto da Comissão Europeia, e temos muitos caminhos para percorrer seja em relação às rotas, à frota ou ao número de trabalhadores da TAP”, disse Pedro Nuno Santos na conferência de imprensa onde foi anunciado que o Estado reforçou a sua posição no capital da TAP para 72,5%, com David Neeleman a sair e Humberto Pedrosa a ficar com 22,5%, e os restantes 5% a ficar nas mãos dos trabalhadores.
“As soluções são diversas, esse é um processo que será difícil, exigente, mas não assumiria já qualquer tipo de inevitabilidade. As opções são várias e temos que começar rapidamente a desenhar o plano de reestruturação da empresa para depois começar a perceber como e que o vamos executar. Esse e um trabalho de grande desafio, mas não precisamos nesta fase de assumir inevitabilidades que decorrerão necessariamente da definição estratégica e da reestruturação que será feita no futuro”, destacou o governante.
https://jornaleconomico.pt/noticias/governo-assume-que-reestruturacao-da-tap-nao-vai-ser-facil-608706
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