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“TAP vai passar a voar para a Ásia”, garante Miguel Frasquilho

O ‘chairman’ da TAP considera que a Ásia é um continente incontornável no futuro para na rede de rotas trabalhadas pela companhia aérea nacional, uma vez que é a região do Mundo mais dinâmica neste momento, também no setor do turismo.
  • Cristina Bernardo
10 Dezembro 2019, 17h52

“Temos de acrescentar a Ásia à nossa operação, temos de retirar partido de parcerias. Não será para o ano, se calhar, não será daqui a dois anos, mas a médio prazo a TAP há vir a servir a Ásia com voos num futuro próximo”, defendeu hoje, dia 10 de dezembro, Miguel Frasquilho, ‘chairman’ da TAP, numa intervenção no âmbito do ‘2nd Shopping Tourism & Economy Summit Lisboa – O Ecossistema do Turismo de qualidade e de Compras Orientado para as Pessoas”, que está a decorrer desde manhã no Hotel Pestana Palace, em Lisboa.

De acordo com este responsável, “a Ásia vira, virá a seu tempo, até porque os números dão-nos razão, quando verificamos que os turistas chineses em Portugal estão a subir a dois dígitos, e não é só chineses, estamos a falar de turistas sul coreanos, japoneses, até indianos estão a crescer muito”.

Miguel Frasquilho considera que a Ásia é um continente incontornável no futuro para na rede de rotas trabalhadas pela TAP, uma vez que é a região do Mundo mais dinâmica neste momento, também no setor do turismo.

“No ano passado, tivemos 300 mil turistas turistas chineses em Portugal. Este ano, deveremos ter mais de 350 mil turistas da China em Portugal. Não tenho dúvidas de que no médio prazo a TAP vai voar para a China”, insistiu.

Neste momento, os destinos mais a leste servidos pela TAP são Moscovo, na Rússia, e Telavive, em Israel.

O ‘chairman’ da TAP destacou o foco da companhia na América do Norte, nos Estados Unidos e no Canadá, e no Brasil, assim como em África.

Com a abertura prevista para os próximos meses da rota entre Lisboa e Montréal, no Canadá, a TAP passará a servir 13 destinos na América do Norte.

Em relação ao Brasil, Manuel Frasquilho anunciou a abertura próxima de mais um destino, Maceió, no nordeste, e sublinhou que “a TAP é a companhia que mais assentos disponibiliza entre a Europa no Brasil”.

Sobre África, este responsável assinalou que a companhia aérea nacional “é a segunda companhia aérea com mais voos no continente europeu, logo a seguir à Air France”.

60 milhões de passageiros nos aeroportos nacionais, mais de 30 milhões em Lisboa

Miguel Frasquilho aproveitou ainda a sua intervenção para revelar que os passageiros movimentados nos aeroportos nacionais deverão superar os 60 milhões no final deste ano, sendo que a barreira dos 30 milhões de passageiros deverá ser “claramente ultrapassada” no aeroporto de Lisboa.

Este desempenho vai ser conseguido, “apesar dos constrangimentos do aeroporto Humberto Delgado, que nós, TAP, bem temos sentido e, por isso, espero que as próximas obras comecem a tempo, terminem a tempo, e que o terminal 3, previsto para para o outro lado do rio, no Montijo veja a luz do dia o mais rapidamente possível”.

O ‘chairman’ da TAP realçou ainda que o serviço da TAP Express, da ‘ponte aérea’ entre Lisboa e o Porto, “é, neste momento, o serviço mais pontual da TAP”, embora reconheça que “nos primeiros anos tivemos dificuldades e atrasos, de que peço desculpa aos passageiros”.

Referindo-se “às contas menos positivas que temos vindo a registar, que levou já o próprio acionista, o senhor David Neeleman a dizer que estavam aquém das expetativas”, Miguel Frasquilho assegurou que “todo o trabalho que tem sido feito vai produzir resultados”.

“Pode não ser já para o ano, mas será certamente a médio prazo”, assegurou o ‘chairman’ da TAP.

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