[weglot_switcher]

TAP. Widener avança para tribunal e exige perto de seis milhões

A ação da defesa de Christine Ourmières Widener contra a TAP entrou hoje no Juízo Central Cível de Lisboa. A informação já se encontra disponível no portal eletrónica dos tribunais, o Citius.
António Cotrim/Lusa
6 Setembro 2023, 18h52

A ex-CEO da TAP, Christine Ourmières Widener, já avançou com um processo cível no qual exige uma verba próxima dos seis milhões de euros, segundo o portal Citius. A antiga gestora pretende sentar no banco dos réus a companhia aérea pela polémica que ditou o seu afastamento.

A informação já se encontra disponível no portal eletrónica dos tribunais, o Citius.

Christine Ourmières-Widener foi exonerada pelo Governo a 6 de março, tal como Manuel Beja, depois de anunciados os resultados da auditoria da IGF, concluindo que o acordo para a saída de Alexandra Reis é nulo e a indemnização de perto de meio de milhão de euros terá de ser devolvida.

O ministro das Finanças, Fernando Medina, disse que a decisão de demitir os dois executivos foi tomada na sequência do relatório da Inspeção Geral das Finanças (IGF), “muito claro do ponto de vista da ilegalidade relativamente à forma como tudo aconteceu” no processo de cessação de funções antiga administradora Alexandra Reis.

De lembrar que a ex-gestora defendia, a 31 de março deste ano, que o  processo que ditou o seu afastamento, foi alvo de irregularidades porque, de acordo com Christine Ourmières-Widener, deveria ter sido ouvida em sede de audiência prévia e porque, de acordo informações avançadas pela imprensa na altura, não competia aos ministros retirá-la do cargo.

“A exoneração com justa causa, sem observância de procedimento prévio, carece de fundamento legal. Nos termos conjugados do Estatuto do Gestor Público e dos Estatutos da TAP. S.A., é à Assembleia Geral que compete a eleição e a destituição do respeito Conselho de Administração, sendo imperativo, no caso de demissão, a audição prévia do gestor”, podia ler-se na altura num documento ao qual a CNN Portugal teve acesso.

Christine Ourmières-Widener acusava o Governo de, “com a pressa política de decapitar a Requerente”, ter “tirado logo a conclusão de – já depois de ter exonerado a Requerente pela televisão – pretender demitir a mesma nos termos que “propõe” nos Projetos de Deliberação Unânime”.

A ex-administradora dizia ainda, nesse documento, que esta ação do Executivo “integra uma estratégia política definida, pelo Governo, de encontrar alguém para sacrificar – no caso a Requerente – pelos efeitos políticos associados à saída a Engenheira Alexandra Reis”.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.