[weglot_switcher]

Tarifas: Airbus continua a avaliar impacto e mantém previsão de entregar 820 aviões em 2025

Na assembleia-geral de acionistas que decorreu hoje, o presidente executivo da companhia aérea expressou que ainda há muita incerteza sobre o potencial impacto da imposição de tarifas, entretanto adiadas, nos seus negócios, avançou a Europa Press.
15 Abril 2025, 15h27

O presidente executivo da Airbus, Guillaume Faury, disse hoje que a empresa está ainda a analisar o potencial impacto das tarifas dos EUA nos seus negócios e reafirmou a previsão de entregar 820 aviões comerciais em 2025, mais 7%.

Na assembleia-geral de acionistas que decorreu hoje, Faury expressou que ainda há muita incerteza sobre o potencial impacto da imposição de tarifas, entretanto adiadas, nos seus negócios, avançou a Europa Press.

“Neste momento, isto não pode ser avaliado de forma conclusiva”, enfatizou, tendo também em conta que a Airbus opera numa combinação de países com diferentes ambientes económicos, como a União Europeia, os Estados Unidos (EUA) e a China.

Desta forma, a fabricante de aviões não modificou as previsões lançadas no início do ano para todo o ano fiscal, mantendo ainda o objetivo de entregar 820 aviões comerciais, mais 54 do que em 2024, e atingir um lucro operacional ajustado de aproximadamente 7.000 milhões de euros (30,7%).

Em relação à divisão de Defesa e Espaço, que foi afetada por erros de previsão do programa espacial nos últimos dois anos fiscais, Guillaume Faury adiantou que as “revisões técnicas exaustivas” destes programas já foram concluídas.

“Estamos a retomar os nossos contratos e projetos, a recuperar os negócios espaciais e a avaliar opções estratégicas”, afirmou o responsável.

Neste contexto, o fabricante aeronáutico iniciou conversações “preliminares e não vinculativas” com as empresas aeroespaciais europeias Leonardo e Thales, com o objetivo de fortalecer o setor espacial europeu.

O presidente executivo da Airbus sublinhou ainda que a empresa continua a trabalhar com os seus parceiros sociais para empreender a reforma estrutural desta divisão, para a qual anunciou uma redução de 2.000 postos no quadro de pessoal até 2026.

Tudo isto, indicou, ajudou a reduzir o seu perfil de risco no futuro.

“Agora, trata-se de cumprir o nosso plano numa organização mais simples, com responsabilidade de ponta a ponta e aproveitando a reutilização dos blocos de construção tecnológicos que já desenvolvemos”, acrescentou.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.