A dias da tomada de posse de Donald Trump continuam as contas à exposição da União Europeia e respetivos países à sua política protecionista, nomeadamente das tarifas que este quer impor aos grandes blocos. Um research do CaixaBank, citado pelo El Economista, fez as contas a tarifas entre os 10% e 20% e a Alemanha lidera a exposição a estas taxas.
A economia alemã, que já não se encontra muito bem de saúde, sofre uma exposição de 2,5% às tarifas que Donald Trump pretende aplicar ao bloco europeu, seguido de Itália (2,1%), França (1,2%) e Espanha (1,1%). Ao todo, as futuras tarifas dos EUA podem impactar 2,3% do PIB da União Europeia.
Só em 2023, a Alemanha exportou 157,7 mil milhões de euros em mercadoria para o bloco americano, muito acima dos lugares seguintes, ocupados por Itália (67,3 mil milhões) e Irlanda (51,6 mil milhões).
Também a economia portuguesa está exposta às tarifas, mas com um foco muito mais pequeno. Em 2023, Portugal exportou mercadoria e produtos no valor de 5,2 mil milhões de euros, ficando atrás de países como Polónia, Suécia e Finlândia.
Contudo, e mesmo com a economia alemã a ser a mais afetada por estas taxas, os dados do research mostram que as cadeias de valor europeias serão todas afetadas, uma vez que estão interligadas entre si.
Já se sabia, no entanto, que uma nova guerra comercial está na iminência de arrancar com a subida de Trump à presidência norte-americana, sendo que as estimativas já apontavam para uma perda no valor do PIB global.
A indústria transformadora está o setor mais afetado por estas tarifas, uma vez que está mais ligado às importações dos EUA. Por exemplo, o conjunto da UE depende 7%, enquanto sobe para os 25% na Irlanda e 15% na Dinamarca, no caso desta indústria
Tagus Park – Edifício Tecnologia 4.1
Avenida Professor Doutor Cavaco Silva, nº 71 a 74
2740-122 – Porto Salvo, Portugal
online@medianove.com