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Tarifas: primeiro-ministro de Timor-Leste afirma que taxas não têm impacto na economia do país

Os Estados Unidos impuseram no passado dia 5 de abril uma taxa alfandegária adicional de 10% sobre a maioria dos produtos que os Estados Unidos importam do resto do mundo.
10 Abril 2025, 09h42

O primeiro-ministro timorense, Xanana Gusmão, afirmou hoje que a aplicação de uma tarifa de 10% pelos Estados Unidos aos produtos importados de Timor-Leste não terá impacto negativo na economia nacional.

Os Estados Unidos impuseram no passado dia 5 de abril uma taxa alfandegária adicional de 10% sobre a maioria dos produtos que os Estados Unidos importam do resto do mundo.

“Quanto importamos dos Estados Unidos? Quanto exportamos para os EUA? Não nos afeta diretamente”, disse Xanana Gusmão aos jornalistas, no final do encontro semanal com o Presidente timorense, José Ramos-Horta, na Presidência da República.

Segundo dados do Portal de Informações Comerciais de Timor-Leste, em 2023, o café representava 85,6% das importações norte-americanas ao país, com um valor comercial de cerca de quatro milhões de dólares.

Já Timor-Leste importa principalmente dos Estados Unidos carne de frango, com um valor comercial de cerca de 14 milhões de dólares.

Nas declarações aos jornalistas, Xanana Gusmão explicou que está mais preocupado com o dólar, também moeda oficial em Timor-Leste.

“Se o dólar sobe, estamos contentes, se o dólar desce, é que temos de apertar o cinto”, explicou Xanana Gusmão.

O chefe do Governo exemplificou com as importações feitas à Indonésia, onde o dólar está a valer 17.000 rupias indonésias.

“Com um dólar forte, os preços dos bens a adquirir naquele país ficam mais baixos, o que é positivo, já que se utilizam dólares para adquirir esses produtos”, disse aos jornalistas.

Assim, quanto às implicações da tarifa aplicada pelos EUA, o impacto em Timor-Leste resume-se às variações cambiais do dólar.

O Presidente timorense, José Ramos-Horta, disse na quarta-feira também que o impacto da decisão será reduzido.

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