As autoridades comerciais da Coreia do Sul manifestaram hoje vontade de cooperar com Taiwan para garantir um acordo o mais favorável possível, face às tarifas que os Estados Unidos pretendem impor à indústria de semicondutores.
“Taiwan receberá um tratamento [tarifário] semelhante. Por isso, acredito que ainda existe a possibilidade de a Coreia do Sul e Taiwan, através da cooperação, poderem obter o tratamento mais favorável possível”, disse o negociador-chefe do comércio sul-coreano, Yeo Han-koo, num programa de rádio na emissora local MBC.
No acordo comercial anunciado a 14 de novembro, Washington prometeu oferecer à Coreia do Sul condições “não menos favoráveis” do que aquelas que possa conceder no futuro a qualquer país com um volume de comércio de semicondutores igual ou superior ao da Coreia do Sul.
Sobre o assunto, o chefe do Gabinete para os Assuntos Políticos da Coreia do Sul, Kim Yong-beom, explicou, nesse mesmo dia, que a disposição significa que a Coreia do Sul não vai receber um tratamento diferenciado de Taiwan, o principal concorrente, que se encontra atualmente em negociações comerciais com os Estados Unidos (EUA).
Em agosto, o Presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou em várias ocasiões que iria impor uma tarifa de 100% sobre os chips, embora sem anunciar uma data de entrada em vigor.
A Coreia do Sul alberga grandes empresas do setor, como a Samsung Electronics e a SK Hynix, enquanto os semicondutores são a principal exportação para os Estados Unidos de Taiwan, sede do maior fabricante mundial de chips TSMC.
As exportações de chips sul-coreanos para os EUA atingiram 10,7 mil milhões de dólares (9,28 mil milhões de euros) em 2024, de acordo com a Associação Internacional de Comércio da Coreia.
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