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‘Task force’ espera ter até 70% da população imunizada contra a Covid-19 no final da primavera

Portugal deverá receber 22,8 milhões de doses da vacina da Pfizer-BioNTech. Ainda que 70% da população seja vacinada até ao final do primeiro semestre, o responsável pela ‘task force’ alerta que não pode haver um relaxamento das medidas preventivas contra a Covid-19. “Esses comportamentos têm que ser mantidos até se atingir a imunidade de grupo”, afirmou Francisco Ramos.
  • Reuters
16 Dezembro 2020, 12h06

Os especialistas que integram a task force para o plano de vacinação contra a COVID-19 em Portugal perspetivam que entre 60 a 70% da população fique imunizada contra o vírus entre o final da primavera e o início do verão.

A confirmação foi dada pelo coordenador deste grupo de trabalho, Francisco Ramos, esta quarta-feira, durante a sua audição na comissão de Saúde e a Comissão Eventual para o acompanhamento da aplicação das medidas de resposta à pandemia da Covid-19 e do processo de recuperação económica e social.

Questionado sobre se poderão ser menorizadas as medidas restritivas que previnem a propagação do vírus entre a população, o antigo Secretário de Estado frisou que o inicio da vacinação contra o novo coronavírus não é sinónimo de relaxamento de medidas e comportamentos preventivos.

“Aquilo que temos de repetir é que não é por se iniciar o processo de vacinação que vamos ter condições de minorar as restrições para evitar a propagação da doença”, afirmou. “Esses comportamentos têm que ser mantidos até se atingir a imunidade de grupo”.

Ainda durante a sua intervenção, o especialista sublinha que “todos nós temos a obrigação de passar a mensagem que o inicio da vacinação significa uma esperança mas não nos autoriza a reduzir os comportamentos de prevenção de risco a que estamos habituados e obrigados a proteger a saúde individual e coletiva”.

“Existem vacinas de sobra para a população portuguesa”

O responsável adiantou ainda na sua intervenção na comissão parlamentar, que os primeiros inquéritos conduzidos pelas autoridades de saúde relativamente à confiança dos portugueses quanto às vacinas contra a Covid-19 revelam “números animadores”.

“Haverá vacinas para todos os portugueses que se queiram vacinar”, garantiu, acrescentando que foram contratadas 22,8 milhões de doses de vacinas. “Existem vacinas de sobra para a população portuguesa”, frisou.

O coordenador da task force lembra que as pessoas inseridas nos grupos prioritários “serão convidadas a serem vacinadas com local, data e hora marcada”. Por isso mesmo, e por não ser ainda certo em que dia a vacina chega a Portugal, essas marcações ainda não começaram a ser feitas.

No que toca ao seu armazenamento, o coordenador da task force esclarece que as vacinas da Pfizer — que têm de ser armazenadas a cerca de 70 graus Celsius negativos — podem ficar no local central de armazenamento até um máximo de seis meses. A partir daí, são transportadas em caixas térmicas onde podem ficar guardadas até 30 dias desde que as mesmas não sejam abertas.

“Depois de abertas, têm de ser usadas em cinco dias e aí as condições de refrigeração são idênticas às dos nossos frigoríficos domésticos”, sublinha.

A Comissão Técnica de Vacinação deverá apresentar o versão final do plano de vacinação esta sexta-feira, 18 de dezembro.

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