O valor mediano da taxa de esforço do crédito à habitação permanente aumentou em 307 dos 308 municípios portugueses em 2022 em comparação com o ano anterior, de acordo com a nota de indicadores de assimetria ao nível local e interregional do Instituto Nacional de Estatística (INE).
“Em 2022, o valor mediano da taxa de esforço com o crédito para habitação permanente dos mutuários foi 14,5% e 116 municípios (38% do total de municípios)”, explica o gabinete de estatísticas. Em 2021, o valor mediano tinha sido de 12,8%.
O município de Lagos, com 18,3%, registou a taxa de esforço mais elevada do país.
Segundo o INE, a taxa de esforço da habitação foi superior à referência nacional em nove das 26 NUTS III do país. O Algarve (16,5%) e o Tâmega e Sousa (15,3%) registaram valores acima dos 15%. O Baixo Alentejo (12,8%), por outro lado, registou a menor taxa de esforço do crédito para habitação permanente.
“Considerando apenas os mutuários com pelo menos um contrato celebrado em 2022 (6,9% do total de mutuários), o valor mediano da taxa de esforço foi 19,1% (15,5% em 2021)”, acrescenta, ainda, o INE.
Passando a uma caracterização da distribuição da taxa de esforço do crédito para habitação permanente à escala local, o INE dá nota de que, em 2022, os 1 638 064 mutuários com créditos para habitação permanente representavam 18,5% da população residente com 18 ou mais anos (18,3% em 2021).
“Ao nível sub-regional, esta proporção era superior ao valor nacional em oito das 26 NUTS III do país, destacando-se a Península de Setúbal (24,1%) e a Região Autónoma dos Açores (20,4%) com os maiores valores”, é referido no mesmo boletim.
De acordo com o INE, 91 municípios tinham valores acima de referência nacional. Em 59 desses municípios, o número de mutuários com créditos para habitação representava mais de 1/5 da população residente com 18 ou mais anos.
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