Está confirmado: em março, a taxa de inflação diminuiu para 7,4% em Portugal, o que é explicado, pelo menos, em parte pelo efeito de base, já que o mês homólogo ficou marcado por uma subida acentuada dos preços. Os números foram divulgados esta quinta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
A estimativa rápida foi confirmada esta quinta-feira, com a inflação a desacelerar de 8,2% em fevereiro para 7,4% em março à boleia de uma descida nos preços dos produtos energéticos. Estes bens registaram uma variação homóloga negativa de 4,4%, depois de largos meses com aumentos acima de 10%. Este foi o valor mais baixo para esta rubrica desde fevereiro de 2021.
Importa referir, ainda assim, que as leituras mais recentes beneficiam de um efeito base considerável, ao compararem com valores já relativamente elevados no ano passado.
Os bens alimentares não-transformados são agora o principal motor da subida de preços, apesar de também esta rubrica ter desacelerado no mês em análise. A variação de 20,1% em fevereiro abrandou para 19,3% em março, contribuindo para a desaceleração do indicador nominal.
No entanto, o indicador subjacente voltou a subir, retomando a trajetória de subidas interrompida brevemente em fevereiro. Este subindicador, que descarta as categorias mais voláteis da energia e bens alimentares não-transformados, subiu de 7,0% para 7,2% e aproxima-se do valor nominal, espelhando bem quão alastradas estão as pressões nos preços na economia portuguesa.
Em cadeia, a inflação em março foi de 1,7%, o valor mais elevado desde abril do ano passado e um sinal claro de que os preços continuam a subir.
[notícia atualizada às 11h20]
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