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Taxa de juro média dos novos créditos à habitação sobe para 3,79% em março

As taxas de juro no crédito à habitação continuam a subir. Portugal é oitavo país da zona euro com a taxa mais elevada nos empréstimos para a compra de casa.
crédito à habitação
5 Maio 2023, 11h56

Os custos com o crédito à habitação continuam a aumentar. De acordo com dados do Banco de Portugal, divulgados esta sexta-feira, a taxa de juro dos novos empréstimos para a compra de casa aumentou para 3,79% em março, face a 3,52% em fevereiro.

Em março, os bancos concederam 2.521 milhões de euros de novos empréstimos aos particulares, mais 595 milhões do que em fevereiro. “O aumento foi transversal às finalidades habitação, consumo e outros fins”, indica o regulador liderado por Mário Centeno. No caso do crédito da casa, foram concedidos 1.795 milhões de euros, acima dos 1.351 milhões no mês anterior.

A concessão de empréstimos para a compra de casa aumentou apesar a subida das taxas de juro. “A taxa de juro média dos novos empréstimos à habitação voltou a crescer. De 3,52% em fevereiro subiu para 3,86% em março, aumentando o diferencial para a média da área do euro”, refere. Portugal é oitavo país da zona euro com a taxa mais elevada nos novos créditos à habitação.

Já a taxa de juro média dos novos empréstimos ao consumo foi de 8,43%, face a 8,48% em fevereiro, enquanto a taxa de juro média dos novos empréstimos para outros fins se fixou em 5,05% (4,97% em fevereiro).

No caso das empresas, o montante de novos empréstimos concedidos pelos bancos foi de 2.302 milhões de euros, mais 984 milhões do que no mês anterior.

A taxa de juro média dos novos empréstimos às empresas aumentou de 4,76% em fevereiro para 5,10% em março, o valor mais alto desde junho de 2014. “Esta subida reflete o aumento da taxa de juro média dos empréstimos até um milhão de euros (de 5,13% para 5,27%) e dos empréstimos acima de um milhão de euros (de 4,32% para 4,95%)”, afirma o Banco de Portugal.

Juros dos novos depósitos com maior subida mensal desde 2011

Também os juros dos novos depósitos estão a subir. A taxa de juro dos novos depósitos a prazo de particulares registou a maior subida mensal desde 2011, mostram os dados. Ainda assim, refere o regulador, Portugal é o país da área do euro com a segunda taxa mais baixa.

Em março, a taxa de juro média dos novos depósitos a prazo de particulares aumentou de 0,65% para 0,90%, o que representa uma subida de 0,25 pontos percentuais  em relação a fevereiro.

“Esta é a maior subida desde outubro de 2011, embora Portugal mantenha o segundo valor mais baixo entre os países da área do euro”, salienta o Banco de Portugal.

Os novos depósitos com prazo até um ano foram remunerados, em média, a 0,88% (0,56% em fevereiro), o valor mais alto desde março de 2015. A remuneração média dos novos depósitos de um a dois anos foi de 1,12% (1,15% em fevereiro) e a dos novos depósitos acima de dois anos de 0,79% (0,54% em fevereiro).

O montante de novos depósitos a prazo de particulares totalizou 7.563 milhões de euros, mais 1.663 milhões do que no mês anterior. Os depósitos com prazo até um ano representaram 81% dos novos depósitos em março.

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