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Taxa de subutilização do trabalho em mínimos históricos e em setembro foi de 10,8%

A nota da Randstad remete para os números divulgados pelo INE que mostram que, em setembro, a taxa de subutilização do trabalho foi de 10,8% (605.100 pessoas), registando-se uma redução significativa na última década. Isto é, está em mínimos históricos.
3 Novembro 2024, 19h01

A Randstad publicou a sua análise aos dados estatísticos do Instituto Nacional de Estatística (INE), do Serviço Público do Emprego Nacional (IEFP) e da Segurança Social, relativos ao mês de setembro de 2024.

A nota remete para os números divulgados pelo INE que mostram que, em setembro, a taxa de subutilização do trabalho foi de 10,8% (605.100 pessoas), registando-se uma redução significativa na última década. Isto é, está em mínimos históricos.

“Estes dados comprovam que a taxa de subutilização do trabalho em Portugal tem seguido uma tendência decrescente, alcançando níveis historicamente baixos, aproximando Portugal de uma situação de pleno emprego – onde o nível de desemprego existente poderia ser o estrutural”, destaca a Randstad, empresa de talento cotada na bolsa de Amesterdão.

Esta melhoria pode ser atribuída a diversos fatores, como o crescimento económico, o desenvolvimento de novas oportunidades de emprego e a implementação de políticas de mercado de trabalho mais eficazes.

A subutilização do trabalho é um indicador que, ainda que ofereça uma visão mais completa das dinâmicas laborais do que a variável tradicional de desemprego, identificando situações em que os profissionais podem não estar empregados conforme as suas capacidades ou preferências, reflete também um desajuste entre as competências dos profissionais e as necessidades do mercado de trabalho, algo que pode acontecer independentemente do ciclo económico.

“A redução expressiva da taxa de subutilização do trabalho nos últimos dez anos reflete um progresso bastante positivo. Esta evolução comprova a capacidade de adaptação do mercado de trabalho às necessidades dos profissionais e das empresas, contribuindo para uma economia mais equilibrada e produtiva”, afirma Isabel Roseiro, Diretora de Marketing da Randstad Portugal.

A responsável diz que “o desafio agora é manter esta trajetória, continuando a apostar na qualificação e na criação de oportunidades de emprego que maximizem o potencial da força de trabalho”.

Em setembro, os resultados das estimativas provisórias mensais do INE, mostram que o número de pessoas empregadas continua a superar os 5,1 milhões, tendo aumentado 0,3% face ao mês passado.

A taxa de emprego foi de 64,3%, mais 0,1 p.p comparado com agosto. Ao mesmo tempo, a taxa de desemprego situou-se de novo nos 6,4% e o número total de desempregados foi de 351.900 pessoas.

Em termos homólogos, o aumento da população empregada foi superior, em dados absolutos, relativamente à diminuição da população desempregada é explicada pelo aumento da população ativa de 1,4%, alcançado as 5.459.100 pessoas.

Em comparação com o mês de agosto, a população ativa aumentou 0,4%, para um total de 22.200 pessoas.

Em relação a agosto, os adultos foram a faixa etária em que se registou uma queda mensal no desemprego, de menos 1.700 pessoas desempregadas.

Em sentido contrário, foram mais 7.700 os jovens em situação de desemprego, um aumento de 10,4%. Se a análise for feita em comparação com o período homólogo, o desemprego diminuiu em todos os grupos populacionais: nas mulheres, nos homens, nos jovens e nos adultos.

Os dados do IEFP demonstram ainda que o acréscimo do desemprego registado em termos homólogos foi comum em quase todas as regiões do país, sendo mais intenso na Região Metropolitana de Lisboa, na Região Norte e no Centro. Houve apenas uma diminuição do desemprego na Região Autónoma da Madeira e nos Açores.

No entanto, ao comparar com o mês passado, a diminuição do desemprego registou-se apenas na Região de Lisboa e do Norte.

No resto das regiões houve ligeiros aumentos, como no Algarve, nos Açores e no Centro. O Norte continua a ser a região do país com maior número de desempregados registados, com 125.246 pessoas nesta condição, seguido de Lisboa com 105.855 pessoas.

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