[weglot_switcher]

Taxas divergem entre BCE e Fed e risco inflacionista divide governadores

O risco de inflação importada com o agravamento do diferencial entre os juros na zona euro e EUA tem dividido ‘pombas’ e ‘falcões’ do BCE, embora os analistas ouvidos pelo JE vejam um risco contido para a inflação.
21 Junho 2024, 17h00

O diferencial nos juros entre a zona euro e os EUA cresceu com o corte de taxas decidido pelo Banco Central Europeu (BCE) em junho, agravando a possibilidade de inflação importada pela desvalorização da moeda única face ao dólar norte-americano, o que contrariaria os esforços para controlar a subida de preços registada nos últimos dois anos. Os efeitos ainda não são visíveis, mas o risco permanece – algo particularmente relevante para uma economia cada vez mais exportadora e com foco no mercado norte-americano como a portuguesa.

Com o corte de juros decretado pelo BCE em junho, o diferencial de taxas entre a zona euro e os EUA agravou-se para 100 pontos, ou 1%, dada a descida da taxa de refinanciamento para 4,25% na moeda única, o que compara com 5,25% nos EUA. Tal cria um risco de desvalorização do euro face ao dólar, que tem caído desde a decisão de 6 de junho – mas não o suficiente para inverter a subida registada desde meados de abril, o que pode indicar que os mercados já antecipavam a decisão, defende Pedro Brinca.

O economista e professor universitário reconhece que o risco de inflação importada com a descida de juros na zona euro existe face à inação norte-americana, mas pode haver “outros fundamentais” em jogo que influenciem a evolução do par cambial noutra direção. Por outro lado, os investidores há algumas semanas que vinham já antecipando esta decisão, limitando o seu impacto nos mercados.

Conteúdo reservado a assinantes. Para ler a versão completa, aceda aqui ao JE Leitor

Este conteúdo é exclusivo para assinantes, faça login ou subscreva o Jornal Económico

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.