[weglot_switcher]

Tecnologia. Consumidores dispostos a pagar mais por produtos amigos do ambiente

As vendas dos eletrodomésticos mais eficientes registaram uma subida de 60% em apenas um ano, ao mesmo tempo que o sector dos ‘smartphones’ recondicionados cresce acima dos 20%.
21 Junho 2023, 16h00

Os consumidores estão dispostos a pagar mais por produtos amigos do ambiente, o que significa, por exemplo, procurar embalagens sem plástico, eletrodomésticos mais eficientes ao nível da energia e compra de produtos em segunda mão. A este último método já recorreram mais de um quarto dos consumidores em todo o mundo.

Os dados foram recolhidos através de um estudo da GfK, no qual foram analisadas as tendências de consumo ao nível global. Estas apontam para a compra de bens de consumo tecnológico com maior durabilidade, em face das preocupações ambientais, que constituem um dos principais critérios na hora de os consumidores fazerem uma compra.

Deste modo, a alteração dos rótulos energéticos dos eletrodomésticos, lançada pela União Europeia (UE) em março de 2021, teve implicações diretas nas vendas. No caso da classe A, as vendas duplicaram em apenas um ano, sendo que o seu peso no mercado ultrapassou os 60% em alguns países e categorias.

De resto os preços também se alteraram de forma significativa. Em 2020, o preço médio de uma máquina de lavar loiça A+++ (rótulo antigo) na Europa era de 688 euros. Em 2022, o valor médio pago por um produto com o rótulo A (topo da classe energética) ascendeu a 1.438 euros, mais do dobro do rótulo correspondente no sistema anterior, refletindo uma muito maior vontade dos consumidores em adquirir equipamentos mais sustentáveis.

A somar a isto, 27% dos consumidores já compraram pelo menos um artigo em segunda mão, sendo que os smartphones são dominadores neste mercado, ao mesmo tempo que se regista também um crescimento nos computadores portáteis e nas consolas de videojogos.

Nesse sentido, o mercado dos aparelhos recondicionados está a crescer muito acima dos novos. Em 2022, a taxa de subida foi 24% superior ao observado no ano anterior. No caso dos dispositivos novos, a subida foi na ordem de 3%.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.