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Tecnológicas lideram retorno médio das ações mas indicador recua para 9,8% em 2024

A Europa e os EUA têm agora menos empresas entre as 100 que geraram maior valor para os acionistas em todo o mundo. As cotadas da Ásia-Pacífico ganharam espaço, num capítulo liderado pela indústria do hardware, que gerou retornos médios anuais na ordem de 20%.
23 Julho 2025, 13h56

Os mercados acionistas geraram um retorno médio acionista (TSR) de 9,8% por ano, à escala global, entre 2020 e 2024. As tecnológicas lideram a estatística, em particular na indústria de hardware.

As conclusões são da Boston Consulting Group (BCG), que realizou o estudo “2025 Value Creators Rankings: After a Decade of Growth, What’s Next?”, através do qual chegou à conclusão que houve uma descida neste âmbito. Isto porque, entre 2019 e 2023, o mesmo indicador ascendeu a 12%.

A indústria tecnológica destacou-se pelos melhores motivos, ao alcançar a primeira posição neste âmbito. Em foco esteve sobretudo o desenvolvimento de hardware, na medida em que gerou um retorno médio anual de 20%, seguido pelos segmentos de software e de componentes elétricos, que ficaram, respetivamente, na 4ª e 10ª posição, em função de retornos médios de 15,7% e 12,6%, pela mesma ordem.

Ao mesmo tempo, as indústrias tradicionais voltaram a crescer, em particular o setor mineiro, que atingiu os 16%. Sobressai o setor da construção, cuja criação de valor atingiu 16%, pelo que alcançou o 2º lugar, seguido pela indústria de minerais, cujo retorno foi de 15,8%, pelo que ficou no 3º posto. Seguem-se as indústrias de maquinaria (15,2%) e metalúrgica (14,2%).

Entre os 35 setores analisados, ficou na última posição o setor imobiliário, já que o retorno médio não foi além de 1,4%, As indústrias de turismo e viagens e prestadores de serviços de comunicação completam o trio com os retornos mais reduzidos, já que se ficaram pelos 3,7% e 4,3%, respetivamente.

Europa ultrapassada pelos outros grandes mercados globais

De uma análise que abrangeu 2.345 empresas de todo o mundo, os grandes retornos registam-se sobretudo na área da Ásia-Pacífico, onde estão cotadas 68 das 100 empresas com maior criação de valor para os acionistas. Trata-se de um aumento de 17 face ao observado no ano passado, pelo estudo homólogo da BCG. Seguem-se as empresas norte-americanas, já que 28 se posicionaram no top-100 (menos 10 do que um ano antes).

O maior declínio, em termos relativos, ocorreu na Europa. Depois das 9 cotadas no ranking das 100 com maior retorno em 2024, um ano mais tarde restam apenas 3.

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