Hoje, todos os olhares vão estar nos ‘non-farm payrolls’, que deverão confirmar o momento confortável que atravessa o mercado laboral nos EUA.
Sem notícias alarmantes relativas à epidemia do Coronavírus, tanto na China como no resto do mundo, os investidores estiveram ontem com um optimismo moderado, suportado por alguns resultados empresariais e bons dados económicos relativos ao emprego nos EUA.
Para além disso e depois do Banco Central da China ter cortado os juros no início da semana e de ter injectado um pouco mais de $20 mil milhões no sistema financeiros, a segunda economia do mundo cortou ontem para metade tarifas alfandegárias sobre produtos importados pelos EUA no valor de $75 mil milhões.
Estas medidas mais a possibilidade de nova redução nos juros no final do mês, criaram um balão de oxigénio de confiança no sentimento de mercado, sobre a capacidade e disponibilidade da China em minorar os efeitos económicos negativos da crise de saúde que o país atravessa.
Ao nível dos sectores o panorama foi um pouco de inversão do registo da sessão de quarta-feira, visto que ontem foi a vez das tecnológicas liderarem nos ganhos ao passo que as energéticas corrigiram da valorização robusta do dia anterior, com uma queda de -1,04%, não obstante o preço do WTI ter subido 0,5% para os $51,01 por barril.
Ou seja, foi claramente um movimento de correcção, que atirou o sector para o fim do pelotão do optimismo. Já as tecnológicas devem o seu bom desempenho em boa parte à subida de 15% nos títulos da Twitter, após a empresa ter atingido pela primeira vez mil milhões de U.S dólares de receitas num trimestre.
Com mais de metade das empresas do S&P500 a terem reportado os seus resultados relativos aos últimos três meses de 2019, o panorama é agora ligeiramente mais risinho, tal como tem sido apanágio nos anos mais recentes, com a probabilidade das empresas virem mesmo a revelar um aumento ligeiro dos lucros, na ordem dos 2%, quando se previa uma contracção residual antes da época de resultados.
Hoje, todos os olhares vão estar nos non-farm payrolls, que deverão confirmar o momento confortável que atravessa o mercado laboral nos EUA, com 163.000 novos postos de trabalho criados em Janeiro, acima dos 145.000 de Dezembro, mas ainda assim ligeiramente menos que os 174.000 de média registados durante o ano passado.
O gráfico de hoje é da Twitter, o time-frame é mensal.
Os títulos da empresa de social media têm estado claramente mais fracos em comparação com a concorrência, um facto que poderá vir a mudar caso o preço ultrapasse os $47, abrindo assim espaço para novos máximos históricos.