Tecnológicas puxam por Wall Street em altura de incertezas
A semana começou vestida de vermelho nos principais índices norte-americanos, com as notícias que chegaram da Coreia do sul e da Alemanha sobre um aumento dos casos de infecção, o que gerou um sentimento de apreensão em Wall Street.
Contudo, o pessimismo não foi igual para todos os sectores, com a tecnologia de novo a sobressair pela positiva. Não só registou perdas mais reduzidas, como depois, ao longo da sessão, registou uma recuperação significativa que puxou pelo mercado em geral, permitindo ao Nasdaq terminar com um ganho aceitável de 0,78%, enquanto o S&P500 fugiu ao vermelho e o Dow Jones, onde as tecnológicas têm menos peso, acabou a ceder -0,45%.
Ou seja, os investidores viraram-se de novo para o sector de crescimento e das grandes empresas em detrimento do grupo de valor e das pequenas empresas, como se pode facilmente constatar nos ETF das grandes corporações e no grupo de crescimento, o IWF, que valorizou 0,78% ao passo que o IWD, ETF das grandes empresas mais ligadas ao valor cedeu -0,7%.
Outra componente de optimismo que esteve presente foi a notícia da abertura gradual do Estado de Nova Iorque. Segundo o seu governador, Andrew Cuomo, sectores como a construção, mais algum retalho e diversão poderão abrir portas ainda esta semana, o que desanuviou um pouco as nuvens que pairavam após o fim-de-semana.
No mercado cambial foi dia de ganhos para o dólar americano, que amealhou 0,5% contra um cabaz de outras moedas principais, empurrando o yen para uma perda de 0,9%, com a nipónica a fechar nos 107.65. A força do “greenback” atingiu negativamente as matérias-primas, a maioria cotadas em dólares, o que precipitou o ouro para um deslize de -0,8%, deixando o metal precioso nos $1,701 por onça.
O gráfico de hoje é do S&P500, o time-frame é de 5 minutos.
Mais um sinal interessante no principal índice accionista, outro duplo topo e a divergência no stochastic (linhas azuis), com o activo a cair depois no after-hours de segunda-feira.
