A Tejo Energia discordou, esta sexta-feira, do desfecho do concurso do Pego, ganho pela Endesa. A empresa considerou que tinha um melhor projeto.
“A Tejo Energia está convicta de que o melhor projeto que se apresentou a concurso não venceu, pelo que não pode estar de acordo com a decisão anunciada”, referem em comunicado.
A empresa recorda que “apresentou um projeto que assenta numa solução integrada, que passa pela conversão da Central do Pego, flexível, com várias componentes, a introduzir faseadamente, nomeadamente, utilização sustentável de biomassa de origem residual para produção de eletricidade renovável firme (245 MW), energia eólica (159 MW) e energia solar (350 MWp)”.
“Este projeto é o único que permitiria dar uma resposta célere às necessidades prementes de energia do País, podendo oferecer já este ano potencia firme e despachável ao sistema, tão necessária com a intermitência provocada pela crescente penetração de energia renovável no mix energético nacional”, diz a Tejo Energia.
Em causa está o concurso para a capacidade de injeção na Rede Elétrica de Serviço Público (RESP), que terminou hoje. A Endesa Portugal venceu o concurso do Pego ficando com a possibilidade de injetar 485 megawatts (MW) na rede elétrica.
A Tejo Energia aponta ainda que o projeto que apresentaram “possibilitaria ainda começar a injetar eletricidade de origem renovável no Sistema Eléctrico Nacional (SEN), reduzindo as necessidades de importação de energia e de combustíveis fósseis para produção elétrica, numa altura em que Portugal enfrenta uma seca extrema e preços crescentes de energia por causa do conflito russo-ucraniano”.
“Apesar do desfecho deste concurso, a Tejo Energia mantém o seu entendimento de que o lançamento deste procedimento não respeitou os direitos que a empresa detém sobre o ponto de injeção na RESP”, frisa a Tejo Energia.
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