Vê o Whatsapp do Facebook, o Skype da Microsoft, o iPhone da Apple e muitas outras plataformas de comunicação que têm levado ao corte para menos de metade da receita média por utilizador de telemóvel na última década.
Vê também a Amazon, a Salesforce.com e muitos outros gigantes da Internet a aliciarem as empresas suas clientes, que ainda há pouco tempo se tinham começado a habituar a comprar-lhe tecnologia e sistemas de informação em vez de apenas aos tradicionais fabricantes de hardware e software.

E vê, principalmente, os seus clientes muito satisfeitos à medida que migram para estas novas plataformas, não só diminuindo o que pagam, como melhorando significativamente a qualidade do serviço e a tão valorizada experiência do utilizador.
Naturalmente, as telecom não têm deixado simplesmente o mercado esvair-se por entre os dedos e têm feito investimentos corajosos para aumentar a abrangência e a qualidade dos seus serviços, não só nas suas redes de comunicações mas também em infraestruturas e serviços de gestão de informação, de publicidade e comércio eletrónico, de ciber-segurança e de comunicações entre objetos (vulgo Internet of Things ou Machine to Machine). Estes investimentos têm sido feitos quer através de desenvolvimento interno, quer de aquisições e parcerias, de modo a manterem-se relevantes e necessários no novo mundo das comunicações digitais.

Mas, para continuar líderes de mercado, terão de persistir em transformar transversalmente as suas organizações, virando-se à economia digital e seus modelos de negócio. Terão também de capacitar as suas pessoas para explorar adequadamente as oportunidades que estes colocam e evitar os perigos subjacentes. Devem ainda aproveitar a capacidade analítica de informação e a inteligência artificial para conhecerem profundamente os seus clientes e as suas necessidades e para inovarem constantemente na sua satisfação, e, não menos importante, é fundamental que explorem as oportunidades oferecidas pela robótica e pela automação de processos para aumentarem recorrentemente a sua eficiência operacional.

Não é a primeira vez e não será certamente a última que este mercado se irá reinventar e dar assim mais um contributo para o progresso da sociedade e da economia.