Apesar da pandemia da Covid-19, o sector das telecomunicações continua prosperar. A receita dos serviços em pacote dos operadores de telecomunicações cresceu em 2020 mais de 5%, para 1,7 mil milhões de euros, revelou a Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom) esta terça-feira. O valor compara com a receita de 1,66 mil milhões registada em 2019.
Em comunicado, o regulador das comunicações indica que 63,1%, dos 1,7 mil milhões de euros, correspondia às ofertas quadruple e quintuple play (4/5P), ou seja, ofertas com quatro ou cinco serviços diferentes a convergir no mesmo pacote.
A receita média mensal por pacote, que convergem diferentes tipos de serviços na mesma oferta, ascendia a 34,69 euros no final de 2020. No ano anterior, a receita média mensal por pacote era 34,81 euros. “Em 2019, o crescimento tinha sido de 0,2%. A receita média mensal foi de 43,79 euros no caso das ofertas 4/5P (-3,4%) e de 27,34 euros no caso das ofertas 3P (+4,2%)”, lê-se.
O organismo liderado por João Cadete de Matos conclui que o aumento da receita está em linha com o aumento do número de subscritores das ofertas convergentes em pacotes em 2020. Entre janeiro e dezembro, os operadores de telecomunicações captaram mais 181 mil clientes (+4,4%), com o sector fechar 2020 com cerca de 4,2 milhões de subscritores.
“O crescimento verificado está associado às ofertas 4/5P (+112 mil) e, em menor medida, às ofertas 3P (+85 mil)”, adianta a Anacom. As ofertas 4/5P chegavam a 2,1 milhões de subscritores no final de 2020, o que representa mais de 50% do total de assinantes de ofertas em pacote no segundo trimestre de 2020.
As ofertas 3P reuniam 1,7 milhões de subscritores no final de 2020, ou seja, 40,1% do universo de consumidores do sector telco nacional.
Ainda assim, a Anacom salienta que “o crescimento do número de subscritores de pacotes encontra-se em desaceleração desde 2015, tendo atingido as menores variações anuais relativas em 2018 (3,9%) e em 2020 (4,4%)”.
Meo segura liderança do mercado
No final de 2020, a Meo (subsidiária da Altice Portugal), mantinha-se na liderança do mercado com a maior quota de subscritores de serviços em pacote. A Meo viu a sua quota crescer 0,2 pontos percentuais para 40,5%. Já a rival NOS, que se tinha aproximado da liderança em 2019, acabou por ver a sua quota decrescer 0,6 pontos percentuais, para 36,5%, em 2020. A Vodafone surge depois, com uma quota de 19,3%, o que representa um crescimento homólogo de 0,7 pontos percentuais. O share da Nowo caiu 0,3 pontos percentuais, para 3,5%.
Não obstante, a NOS era o operador com maior quota de receitas de serviços em pacote (41,0%) em 2020. A quota da Meo era de 40,7%, seguindo-se a Vodafone (15,9%) e a Nowo (2,4%). Em comparação com 2019, a Vodafone aumentou a sua quota de receitas em 1,6 pontos percentuais, por contrapartida da redução verificada pela NOS (-0,8 pontos percentuais), Nowo (-0,4 pontos percentuais) e MEO (-0,3 pontos percentuais).
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