O empreendedor russo Pavel Valerievitch Durov, fundador do Telegram, deu a primeira entrevista desde 2017 ao “Financial Times” (FT), na qual revelou que a aplicação de mensagens instantâneas tem atualmente 900 milhões de utilizadores ativos mensais, o que corresponde a uma subida exponencial em relação aos 500 milhões que tinha no início de 2021.
A rede social concorrente da WhatsApp está também a aproximar-se dos lucros. “Esperamos tornar-nos rentáveis no próximo ano, se não este ano”, disse ao jornal britânico o fundador e CEO do Telegram, que chegou a ser conhecido como “o Mark Zuckerberg da Rússia” depois de ter criado a rede social VKontakte, em 2007.
Na entrevista ao FT, Pavel Durov afirmou que o Telegram conseguiu “centenas de milhões de dólares” em receitas porque introduziu anúncios publicitários e serviços de assinatura premium há dois anos. “A principal razão pela qual começámos a monetizar é porque queríamos permanecer independentes”, explicou o empresário de São Petersburgo.
Em termos de financiamento, a empresa com sede no Dubai levantou cerca de dois mil milhões de dólares (perto de 1,8 mil milhões de euros) em financiamento de dívida, a partir de uma oferta de obrigações de mil milhões (2021), e fez também outras duas emissões num acumulado de mil milhões (2023).
Segundo a mesma publicação, que cita duas fontes conhecedoras do processo, a Telegram, provavelmente, pretende entrar em bolsa nos Estados Unidos assim que chegue à rentabilidade e que as condições de mercado estejam favoráveis ao IPO em Wall Street. Questionado sobre o assunto, Pavel Durov disse apenas que a empresa “estudou várias opções”. “De modo geral, vemos valor como forma de democratizar o acesso ao valor do Telegram”, concluiu.
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