A rede social Telegram permite a criação de grupos para partilha de mensagens com informações (que podem incluir links, fotografias ou vídeos) sem qualquer censura ou restrição, o que significa que pode existir difamação de informação falsa. Estes têm sido veiculo para transmissão de dados e informações entre pessoas de todo o mundo sobre a guerra entre a Rússia e a Ucrânia. Quem o garante é a Check Point Research (CPR), que tem monitorizado a atividade dos utilizadores no Telegram e divulga, num comunicado lançado esta quinta-feira, algumas conclusões da análise.
Diz-se no comunicado que no primeiro dia da invasão russa o número de grupos relacionados com o tema aumentou para seis vezes mais. Entre estes grupos, os mais comuns (acima de dois terços do total) servem para partilha de notícias de última hora e muitos têm milhares de utilizadores inscritos. São grupos em que entram milhares de mensagens por dia, por utilizadores de todo o mundo.
Existem também, na mesma rede social, grupos de hackers ativistas contra o Kremlin. Estes grupos representam quase um quarto do total de grupos relacionados com o conflito Rússia-Ucrânia e junta profissionais das tecnologias, entre outros interessados e curiosos sobre o tema. Nestes grupos, planeiam se ciberataques e partilham-se os resultados dos mesmos.
Os restantes grupos (6%) incluem esquemas de supostos donativos para a população que foi apanhada pela guerra. Muitos destes são no mínimo suspeitos e provavelmente fraudulentos, com a maioria a pedir donativos em criptomoedas (cujo rastreamento do donativo é impossível). O Telegram desaconselha inteiramente a confiar neste género de pedidos, no entanto, podem existir utilizadores apanhados por quem aproveita o conflito para lucrar.
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