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Tem de chover “com abundância” para salvar Portugal da seca severa, diz especialista

“Estamos a ficar com o clima próximo de Marrocos, da Argélia ou da Tunísia e o Algarve está na linha da frente”, afirma Filipe Duarte Santos, presidente do Conselho Nacional de Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, ao “Público”.
22 Março 2019, 08h42

Portugal tem visto a sua precipitação anual diminuir, em média, entre 30 e 40 milímetros de a cada 10 anos. A redução da chuva atmosférica, registada entre 1960 e 2010, poderá intensificar-se se “não chover com alguma abundância nos meses de abril e maio”.

A previsão é de Filipe Duarte Santos, presidente do Conselho Nacional de Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (CNADS). “Estamos a ficar com o clima próximo de Marrocos, da Argélia ou da Tunísia e o Algarve está na linha da frente”, diz ao jornal “Público”. Este especialista em alterações climáticas refere que o clima está a mudar mais no sul.

No último mês do ano passado, 80% do país esteve em seca severa ou extrema, segundo a informação que consta do Relatório de Monitorização Agrometeorológica e Hidrológica. Depois, em janeiro, os bombeiros fizeram 179 operações de abastecimento de água às populações do país, sobretudo em Miranda do Douro (41), Mértola (35), Barcelos (15), Mirandela (12) e Miranda do Corvo (11).

Ao mesmo diário generalista, o professor e investigador Mário de Carvalho, da Universidade de Évora, critica a decisão de combater esta problemática “gastando verbas avultadas na construção de barragens”. “Temos de incluir as alterações climáticas na gestão do nosso território”, alerta.

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