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Tema da eutanásia volta em 2020 para ser discutido no parlamento

O deputado do partido Pessoas-Animais-Natureza (PAN) André Silva aponta o primeiro trimestre como um prazo possível, recordando que entre 2017 e 2018, quando o tema da eutanásia esteve na ordem dia, foi feito um debate muito alargado, embora “naturalmente não esteja esgotado”.
Cristina Bernardo
29 Novembro 2019, 14h18

A eutanásia regressa ao debate no parlamento no próximo ano e um dos calendários possíveis é o primeiro trimestre de 2020, segundo deputados dos partidos com projetos sobre morte medicamente assistida, BE, PAN e PS.

A Assembleia da República já tem a ordem de trabalhos preenchida nas próximas semanas, com a discussão do Orçamento do Estado de 2021, que ocupa a agenda parlamentar de meados de dezembro até fevereiro.

Depois dessa data, e apesar de não terem existido ainda conversações sobre o tema, deputados dos três partidos admitiram que o debate ocorra nos primeiros meses do próximo ano, sem deixar “escorregar” muito esse “timing”.

Da parte do Bloco de Esquerda, um calendário possível é a primavera de 2021, segundo disse à Lusa um deputado bloquista.

Uma fonte da bancada do PS afirmou que é preciso ter em conta o debate do orçamento, mas também esperar por uma definição na liderança do PSD, partido que tem eleições diretas em janeiro e congresso em fevereiro.

Há três candidatos à liderança dos sociais-democratas e pelo menos um, Luís Montenegro, é favorável a um referendo sobre a morte medicamente assistida, enquanto Rui Rio, atual presidente, admitiu, em 2018, que pessoalmente é favorável à eutanásia.

Já o deputado do partido Pessoas-Animais-Natureza (PAN) André Silva aponta o primeiro trimestre como um prazo possível, recordando que entre 2017 e 2018, quando o tema da eutanásia esteve na ordem dia, foi feito um debate muito alargado, embora “naturalmente não esteja esgotado”.

“Agora é o tempo do parlamento”, defendeu o deputado do PAN.

André Silva afirmou ainda que pretende conversar com os restantes partidos que têm projetos de lei para tentar consensualizar uma data e combinar uma grelha de tempos que “dê dignidade ao debate”, a exemplo do que aconteceu em 2018, e que ocupou os deputados durante uma tarde inteira.

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