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“Temos conseguido tirar frutos do investimento na componente ambiental”, diz CFO da Secil

Carlos Correia de Barros destaca que a empresa olha para as melhores práticas nacionais e internacionais e aponta para a descarbonização da produção de betão até 2050. “Não fugimos desse tema e estamos a trabalhar nisso”, assume.
© Cristina Bernardo
4 Junho 2024, 10h49

A vertente ambiental é cada vez mais um ponto crítico para as empresas, em particular aquelas que produzem matérias emissoras de CO2. A Secil não foge à regra e Carlos Correia de Barros, CFO e Executive Board Member da produtora de betão, assume que o plano da descarbonização já está em prática.

“Trabalhamos em Portugal e noutros países na Europa onde este tema já está mais avançado. Temos conseguido tirar muitos frutos deste investimento nesta componente ambiental”, referiu durante o Special Report ‘ESG: Desafios da Governance’, organizado pelo Jornal Económico e que decorre esta terça-feira, numa unidade hoteleira em Lisboa.

O responsável destacou o roteiro da Secil para a descarbonização até 2050, onde se enquadra o investimento superior a 80 milhões de euros na fábrica do Outão. “A produção de cimento emite CO2. Nós não fugimos disso, queremos descarbonizar a nossa produção de betão, estamos a trabalhar nisso. Todos os anos olhamos para as melhores práticas a nível nacional e internacional e tentamos implementá-las”, afirmou, salientando que a nível interno começou a desenvolver esse trabalho há cinco anos.

“Temos um ciclo de planeamento anual, onde cada uma das equipas faz uma avaliação dos riscos críticos para os cinco anos seguintes e apresenta um plano de orçamento para implementar essas ações. Esse orçamento implica investir em coisas que a médio longo prazo vão reduzir-nos riscos significativos”, sublinhou.

De resto, Carlos Correia de Barros realça que a Secil implementou oito políticas agregadoras para toda a empresa, desde os direitos humanos, a prevenção de corrupção ou o conflito de interesses. “Estamos a definir ações de formação e depois um plano de formação standard para novas entradas na empresa”, referiu.

Para o futuro, o responsável acredita que o financiamento da Secil vai ser todo sustentável, sublinhando que a cimenteira foi a primeira na Europa com um financiamento de greenbonds. “Neste momento já temos este tipo de financiamento a 50% em Portugal e o caminho é para chegarmos aos 100%”, salientou.

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