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“Temos de o salvar”. TikTok começa a restaurar serviço nos EUA

Depois de um apagão geral nos Estados Unidos, o TikTok está lentamente a voltar à vida depois da vontade de Donald Trump.
tik tok
20 Janeiro 2025, 09h35

A rede social TikTok está a retomar o serviço para os 170 milhões de norte-americanos, depois de Donald Trump assumir que estava preparado para assinar uma ordem executiva que dava mais tempo à aplicação de origem chinesa para operar no país.

O TikTok deixou de funcionar a partir da meia-noite de domingo, data que o Supremo Tribunal deu à empresa ByteDance para encontrar um comprador para a rede social ou para abandonar a sua representação nos EUA.

Já se sabia que este passo atrás era possível, depois de Donald Trump vir a público diz que os EUA não poderiam ficar sem esta plataforma social. Lembrar que Trump se rendeu ao TikTok durante a sua campanha eleitoral, mas que no seu primeiro mandato presidencial tentou bloquear a plataforma.

“Honestamente, não temos escolha. Temos de o salvar”, apontou Trump num rally durante domingo, em vésperas da sua tomada de posse. Numa mensagem partilhada na Truth Social, Trump revelou que iria emitir a ordem esta segunda-feira para “prolongar o período temporal antes que as proibições entrem em vigor, para que possamos fazer um acordo para proteger a nossa segurança social”.

A ordem ainda não terá sido assinada pelo ainda presidente-eleito mas o TikTok já indicou que a rede social voltou a funcionar em território americano.

O CEO do TikTok, Shou Chew, deverá marcar presença na tomada de posse de Donald Trump. Este é apenas mais um CEO de uma tecnológica que Trump terá ao seu lado, uma vez que também Mark Zuckerberg e Jeff Bezos deverão marcar presença, especialmente depois das generosas doações que fizeram para o fundo.

A plataforma agradeceu, através de comunicado, a Trump por “fornecer a clareza e a garantia necessárias aos nossos provedores de serviços [Apple a Google] de que eles não vão enfrentar penalidades por oferecer o TikTok a mais de 170 milhões de americanos e permitir que sete milhões de pequenas empresas prosperem”. Posto isto, “o TikTok está no processo de restaurar o serviço”.

Contudo, o TikTok poderá de ter de fazer cedências perante o novo presidente. Isto porque, segundo a “Reuters”, Trump quer que metade da plataforma passe a ser propriedade americana. Ou seja, a ByteDance não precisará de vender a totalidade do TikTok, mas 50% das decisões deverão ficar a cargo de uma empresa de origem norte-americana.

A semana passada, e mediante o ‘apagão’, a “Bloomberg” revelou que Elon Musk estaria interessado em adquirir a rede social, de forma a evitar que esta sofresse a suspensão do serviço. A ByteDance veio então a público negar a venda e afirmou mesmo que se tratava de “pura ficção” e que não estava a pensar vender a plaforma.

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