O desenvolvimento económico não se limita ao aumento do Produto Interno Bruto nem à sua distribuição pela população, mas inclui também as melhoria em áreas como a Saúde, capital humano, infraestruturas, equidade social, sustentabilidade, coesão social, entre outras. “Sem riqueza, o País não se pode desenvolver. Mas esta deve ser distribuída de forma equitativa e que contribua para reduzir as assimetrias regionais e promova a justiça social entre as populações”, diz Hélder Reis, Secretário de Estado do Planeamento e Desenvolvimento Regional, na segunda conferência do ciclo Rota do Crescimento organizada pelo JE e realizada em Leiria.
“É bem conhecido que um dos problemas do nosso País resulta do baixo nível de crescimento económico e de baixo nível de produto potencial. E sabemos tão bem que não se trata de um problema conjuntural, trata-se de um problema estrutural”, acrescenta o governante. Para Hélder Reis, Portugal precisa de crescer mais e “enfrenta desafios que condicionam o dinamismo da economia”, como o baixo nível educacional, reduzido investimento na inovação, fiscalidade, burocracia, morosidade na Justiça e licenciamento, custos elevados da energia, entre outros.
As PME desempenham também um papel preponderante, contribuindo para a economia local, sublinhou o Secretário de Estado do Planeamento e Desenvolvimento Regional. “A competitividade de uma economia não pode ser reduzida apenas ao seu PIB e produtividade. É necessário promover a diversificação setorial da economia, evitar a dependência do turismo e reforçar estratégias nas áreas da transformação digital e energética”, referiu.
O governante destacou ainda a importância dos fundos europeus e do seu papel essencial, promovendo a coesão do território e diminuindo disparidades entre as regiões. “Mas ainda há longo caminho a percorrer, que seria maior sem política de coesão europeia e fundo europeus”. A Saúde, educação e descarbonização são alguns exemplos da contribuição dos fundos europeus na construção do nosso país.
No domínio da competitividade e internacionalização, Hélder Reis referiu alguns exemplos, como as mais de 28 mil empresas apoiadas, as mais de 3,9 milhões participações em ações de formação ou os mais de 35 mil jovens e adultos apoiados em cursos pós secundário. “As pressões do lado da despesa tendem a gerar a disputa pelo orçamento comunitário e isso exige maior eficiência dos investimentos. Temos de pensar os problemas do país como um todo e urge pensar na política de coesão para o futuro”, conclui.
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