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“Temos que acabar com os desequilíbrios em favor do litoral”

A terceira conferência ‘Portugal Inteiro, parceria entre a Altice e o JE, o presidente da Câmara da Guarda, Chaves Monteiro, fica à espera que o desinvestimento no interior acabe com urgência.
Cristina Bernardo
1 Outubro 2019, 15h19

“Só a educação e o conhecimento serão capazes de produzir crescimento na região” da Guarda, disse, no âmbito do seminário ‘Inovação como estímulo para o desenvolvimento da Região Centro’, terceira conferência do Ciclo Portugal Inteiro, organizada pelo Jornal Económico e pela Altice, o presidente do Instituto Politécnico da Guarda (IPG), Joaquim Manuel Fernandes Briga.

Assegurando na abertura da conferência que neste quadro de desenvolvimento “a importância do Altice Labs é de relevo, tendo um protocolo com o IPG, o docente explicou que a inovação é o mote da investigação.

Uma ideia que o presidente da Câmara local, o social-democrata Carlos Chaves Monteiro, retomou na sua intervenção, para explicar que o ciclo do desinvestimento no interior tem que se urgentemente cortado. E para isso, disse, não bastam palavras.

“Nos como país que clamamos tanto pela coesão, porque não percebemos quais são as nossas potencialidades, para combater assimetrias”regionais, referiu. “Se assim não trabalharmos – porque inovar é incorporar valor – o fator periferia agrava-se: é fundamental que o conhecimento se democratize cada vez mais, afirmou.

Mas Carlos Chaves Monteiro não se esqueceu de referir que o conhecimento, do IPG no caso, tem de estar em estreita comunhão com o tecido empresarial, única forma de desenvolvimento e crescimento. Uma matéria decisiva, num quadro em que a iniciativa privada e empresarial não tem ainda o impacto que permita, só por si, “o desenvolvimento que todos ambicionamos”.

”Temos que fazer cada vez mais coisas diferentes, mas é fundamental que tenha acesso fácil ao conhecimento científico e tecnológico, em articulação intensa entre todos os agentes envolvidos”, referiu.

Chaves Monteiro não se esqueceu de referir que a própria autarquia está em articulação entre o politécnico e a indústria – nomeadamente a indústria automóvel, influente na região apesar das numerosas falências de há uns anos atrás – para que a circulação do conhecimento seja uma realidade.

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