Depois da reviravolta de quarta-feira em Wall Street, na sequência da conferência de Jerome Powell que anulou as esperanças dos investidores numa possível baixa de juros ainda este ano, os índices norte-americanos voltaram ontem a sucumbir ao vermelho, se bem que de forma mais controlada e com maior incidência nas big caps, tendo mesmo as small caps, através do Russell 2000 evitado perdas, com uma valorização de 0,4%. A continuação da pressão vendedora que anulou uma abertura em alta até perto da primeira hora de negociação, validou a reacção que os investidores tinham imprimido no dia anterior, com a particularidade de que nestas duas sessões o volume tem sido sempre acima dos 7 biliões de negócios transaccionados, ou seja acima da média de longo prazo e bem mais que os números alcançados nas duas últimas semanas que chegaram a atingir o mínimo do ano, com menos de 5,8 biliões de negócios num dia.
Hoje será a prova dos nove para os Bulls, isto porque após os nonfarm payrolls serão poucos os eventos, para além de um entendimento no impasse existente na guerra comercial, que terão importância suficiente para impulsionar o mercado para voos mais altos, visto que o principal da earnings season fica esta sexta-feira concluído, dado que os pesos pesados já prestaram contas, e sem que tenha sido uniforme a qualidade dos resultados referentes ao primeiro trimestre, nem tão pouco nas perspectivas para o segundo período de três meses em que nos encontramos. Dito isto também é inequívoco que com quase 80% das empresas do S&P500 a terem divulgado resultados o cenário é bem melhor do que o antecipado à partida, não se sabendo ainda se ocorrerá ou não uma contracção nos lucros, sabendo-se no entanto que tal como referi há uns dias, a percentagem de empresas a bater as previsões caiu dos 80%, para uns mais normais 74,7%, ainda melhor que a média de longo prazo que ronda os 65%.
A pergunta para um milhão de dólares é se o resumo da época de resultados e os dados do emprego de hoje serão suficientes como catalisadores para uma nova perna do Bull market, que não se fique por andar a rondar estes níveis durante quase dois meses até à próxima série anúncio de resultados. O tempo o dirá, contudo também não existem as condições para uma correcção acentuada do mercado, a menos que o número de postos de trabalho criados se afaste muito dos 190,000 que são previstos, ou que os rendimentos cresçam muito acima dos 3,3% antecipados pelos analistas, o que poderia levar a um regresso de uma visão menos dovish por parte do FED na próxima reunião.
No mercado cambial o U.S dólar voltou a ganhar terreno face a um cabaz de outras moedas principais, valorizando 0,3% o que relegou a moeda única para um recuo de -0.2%, terminando nos $1.1173.
O gráfico de hoje é dos CTT, o time-frame é Semanal
Após a divulgação dos resultados os títulos dos CTT voltaram à trajectória descendente e têm agora a zona dos 2,4 euros como local para um provável suporte.
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