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Tempo de decisões em Wall Street

Os títulos da Boeing acabaram por recuperar e terminaram mesmo com um ganho de 0,5%, ajudando o Dow Jones a recuperar boa parte do terreno perdido para os dois outros índices principais, S&P500 e Nasdaq.
Brendan McDermid/Reuters
14 Março 2019, 09h00

Continuando a analogia de ontem sobre Wall Street estar na grande área à espera de um passe, podemos afirmar com alguma segurança que o passe foi feito, resta agora saber se os Bulls terão entusiasmo para concretizar a oportunidade e empurrar os índices para novos máximos históricos, isto depois do S&P500 ter ontem quebrado em alta os máximos intraday atingidos em meados de Outubro do ano pwall sassado, sendo certo no entanto que o mesmo já não foi válido para o valor de fecho, que na sessão de quarta-feira ficou ligeiramente aquém do anterior máximo, devido a um movimento correctivo iniciado após a hora de almoço em Nova Iorque, fomentado pela retracção dos títulos da Boeing, no seguimento da notícia que deu conta da junção dos EUA à lista de países que suspenderam os voos efectuados pelos 737 MAX8 fabricados pela empresa, a maior construtora de aviões do mundo.

Não obstante essa brisa de pessimismo os títulos da Boeing acabaram por recuperar e terminaram mesmo com um ganho de 0,5%, ajudando o Dow Jones a recuperar boa parte do terreno perdido para os dois outros índices principais, S&P500 e Nasdaq, ficando apenas a 0,11% destes, que averbaram uma valorização de 0,69%. De realçar o bom comportamento dos sectores da saúde e energéticas, que lideraram os ganhos no S&P500 com uma subida de 1,1%, enquanto que as utilities ficaram no fundo da tabela ao escaparem por pouco ao vermelho com uma valorização de 0,15%. Nos dados económicos destaque para as durable goods orders que saíram bem acima das previsões com um acréscimo de 0,4% em Janeiro contra os -0.4% esperados, contudo é importante ressalvar que excluindo a componente mais volátil dos transportes o indicador apresentou uma contracção de -0.1%, ao invés de um ganho de 0,1%, isto deveu-se ao forte incremento de 15,9% nas ordens de aviões comerciais, que empolou o valor geral.

Na Europa a sessão foi igualmente carregada de optimismo com o Stoxx600 a crescer 0,63% no dia em que no Parlamento do Reino Unido os deputados deixaram bem claro que rejeitam um Brexit sem acordo, ficando para hoje a provável aprovação de um pedido de tempo adicional para as negociações, que deverá ser efectuado por Theresa May à União Europeia. Resultado que suportou a maior subida de quatro meses no valor da Libra inglesa, que terminou nos $1.325 após um avanço de 1,4%, bem melhor que a valorização de 0,4% registado pela moeda única que fechou o dia nos $1.1337.

Esta madrugada saíram os dados da produção industrial em Fevereiro na China que indicaram um crescimento inferior ao esperado nos 5,3% contra os 5,6% antecipados, enquanto que por volta do meio dia serão conhecidos os números referentes as initial jobless claims nos EUA.

O gráfico de hoje é do Ouro, o time-frame é Mensal

O preço deste metal precioso encontra-se perto da linha superior do canal wedge (linhas azuis), sendo que esperar que uma quebra do mesmo dê início a um movimento de maior amplitude no longo prazo.

 

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