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Tensões entre EUA e China por causa de Hong Kong pressionam Wall Street

A China aprovou legislação que limita o estatuto especial de Hong Kong que permite criminalizar a secessão, subversão e conluio com instituições estrangeiras. A lei de segurança permite a Pequim atuar sobre a liberdade de opinião e sobre protestos.
Traders work on the floor of the New York Stock Exchange (NYSE) shortly after the opening bell in New York, U.S., January 3, 2017. REUTERS/Lucas Jackson
30 Junho 2020, 15h07

A bolsa de Nova Iorque iniciou a sessão desta terça-feira com perdas ligeiras, com o sentimento do mercado pressionado com o aumento das tensões entre Washington e Pequim por causa do estatuto especial de Hong Kong.

Logo após o início da sessão, o Dow Jones perdia 0,31%, para 25.517,52 pontos; o S&P 500 cedia 0,09%, para 3.050,46 pontos, e o Nasdaq caía 0,08%, para 9.866,53 pontos.

A China aprovou legislação que limita o estatuto especial de Hong Kong que permite criminalizar a secessão, subversão e conluio com instituições estrangeiras. A lei de segurança permite a Pequim atuar sobre a liberdade de opinião e sobre protestos.

Em resposta, a administração Trump pretende acabar com o tratamento especial concedido a Hong Kong, limitando viagens para o território e suspender a exportação de produtos de alta tecnologia.

Esta terça-feira marca o fim do segundo trimestre da negociação. O S&P 500 poderá acabar hoje com o melhor trimestre desde 1998, depois de ter recuperado 18% desde abril. Ainda assim, no acumulado do ano, o índice desvalorizou 5% devido ao impacto do novo coronavírus.

Nas empresas, destaque para a Disney, que adiou a reabertura do parque temático na Califórnia, prevista para 17 de julho, devido ao aumento dos novos casos de Covid-19. As ações da empresa de entretenimento estão a perder 0,74%.

A Boeing, que ontem disparou 12%, está a afundar 6,47% depois de a companhia área norueguesa, Norwegian Air, ter cancelado a encomenda de 97 aeronaves no modelo de 10,6 mil milhões de dólares, relativa aos modelos 737 MAX e 787 Dreamliner. A Boeing disse que vai dar entrada com um processo para obter compensação judicial.

Na tecnologia, a Micron sobe 2,44% depois de apresentar receitas de 5,44 mil milhões no terceiro trimestre fiscal, acima das estimativas do mercado, que apontavam para receitas de 5,3 mil milhões de dólares. O resultado por ação foi de 0,82 dólares, acima das perspectivas dos analistas de 0,77 dólares.

outlook da produtora de semi-condutores é positivo, que antecipou que as receitas do quarto trimestre fiscal estarão entre os 5,75 mil milhões e os 6,25 mil milhões de dólares. Mesmo no intervalo mínimo, as receitas excedem as estimativas do mercado, que apontam para receitas de 5,52 mil milhões.

A Uber também está em destaque no início da sessão, valorizando 2,80% após as notícias darem conta que a empresa está em conversações para comprar a app de entrega de refeições, Postmates.

Nas matérias-primas, o preço do petróleo está a cair. Em Londres, o barril de Brent cede 1,12%, para 41,38 dólares. Nos Estados Unidos, o West Texas Intermediate perde 1,18%, para 39,23 dólares.

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