A ex-secretária de Estado da Igualdade (e efémera ministra da Cultura) Teresa Morais anunciou que não irá integrar as listas do PSD nas eleições legislativas de 6 de outubro, assumindo uma total rutura com a liderança de Rui Rio. “Não quero ter rigorosamente nada em comum com quem está a definhar o meu partido, a excluir em vez de acrescentar, a tornar o PSD num partido ‘maneirinho e homogéneo'”, escreveu a atual deputada pelo círculo de Leiria nas redes sociais.
Foi justamente a despedida, “grata e reconhecida, da minha gente de Leiria”, que levou Teresa Morais a considerar nesta segunda-feira que “era chegado o momento de uma clarificação”, assumida pela deputada. “O Dr. Rui Rio e eu estamos, finalmente, em sintonia em alguma coisa: ele não conta comigo e eu não conto, seguramente, com ele. Fica assim claro que eu, com toda a serenidade, me retirarei da linha da frente do partido com uma coincidência assinalável de pontos de vista”, escreveu no Facebook.
Teresa Morais acusa Rui Rio de rejeitar “o contributo dos ditos ‘passistas’, como rejeitou desde sempre o legado de Pedro Passos Coelho, acrescentando que não se consegue rever no “partido mediano e ideologicamente puro, onde só cabem amigos e acólitos subservientes”.
Cabeça de lista da coligação Portugal à Frente pelo círculo de Leiria nas legislativas de 2015, à frente da atual presidente do CDS-PP, Assunção Cristas, Teresa Morais também foi deputada na IX e XI legislaturas. Chegou a ser vice-presidente do grupo parlamentar do PSD e, já durante a liderança de Passos Coelho, vice-presidente da Comissão Política Nacional.
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