O Terminal Fluvial de Castanheira do Ribatejo vai retirar até 400 camiões por dia das estradas de Lisboa.
O investimento de 11 milhões de euros visa tornar-se num centro logístico de referência para a região, passando a ser uma nova porta de entrada e de saída do Porto de Lisboa, pois cerca de 85% das mercadorias movimentadas no Porto de Lisboa têm origem ou destino a norte do rio Tejo.
O projeto fica localizado na margem norte do Tejo, a 55 km de Lisboa, e junto às plataformas logísticas de Lisboa Norte, Carregado e Azambuja “assegurando acessos estratégicos e rápidos, via rodoviária e também ferroviária, complementando a operação fluvial a que o novo terminal se irá dedicar”, segundo o comunicado hoje divulgado pelo Grupo ETE.
O terminal fluvial vai ser construído e gerido pela Companhia do Porto da Castanheira (CPC), que conta como acionistas com o grupo ETE – que conta com 90 anos de experiência no setor marítimo, portuário e fluvial – e o grupo Pousadinha, um “operador económico local, detentor dos terrenos do novo terminal”.
“Este é um investimento estratégico para a sustentabilidade e eficiência logística da região e que permitirá retirar centenas de camiões do centro da cidade de Lisboa, assim como reduzir mais de mil toneladas de emissões de CO2eq por ano. O Governo valoriza todas as infraestruturas ligadas à exportação, consciente de que esta é uma pedra angular da economia portuguesa. O desenvolvimento dos portos é absoluta prioridade nacional”, disse hoje o secretário de Estado das Infraestruturas, Hugo Espírito Santo, citado em comunicado.
Segundo os promotores, esta infraestrutura promove o “transporte fluvial como alternativa à rodovia, permitindo retirar um número significativo de camiões dos acessos rodoviários de Lisboa. Em números, cada barcaça comporta até cem vezes mais contentores do que um camião em cada viagem e vai ser possível movimentar até 4 barcaças em simultâneo. Esse é um contributo ímpar para a redução da pegada de carbono, e para a otimização da segurança e da eficiência económica do transporte”.
O terminal vai contar com 2 hectares, incluindo um cais de atracação com rampas de acesso, uma grua elétrica e equipamentos portuários adequados à operação, assim como um parque com capacidade para 300 contentores.
Numa primeira fase, os promotores preveem uma movimentação fluvial superior a 2.500 toneladas de carga por dia, com um volume entre 20 mil e 70 mil TEU por ano. Estima-se que, com a expansão do terminal, a movimentação possa registar-se nos 200 mil TEU por ano, estimam.
O grupo português ETE é liderado por Luís Figueiredo e gera 325 milhões de euros por ano, com mais de 1.500 trabalhadores, contando com operações em 9 países: Portugal, Espanha, Reino Unido, Bélgica, Cabo Verde, Moçambique, Colômbia, Uruguai e Dubai.
“O novo cais fluvial alarga a multimodalidade na grande Lisboa, reduz a circulação rodoviária e as emissões de carbono do sistema logístico, e reforça a importância da Castanheira do Ribatejo como área de desenvolvimento económico metropolitano”, segundo a companhia.
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