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Tesla e BYD em competição cerrada para ver quem é rainha

É uma curta distância que, neste momento, separa os Estados Unidos da China. Na verdade são perto de 30 mil automóveis que a Tesla e a BYD vão disputar nos primeiros meses do ano, para ver qual das fabricantes vence a batalha.
Tesla
Reuters
2 Janeiro 2025, 19h00

As fabricantes elétricas BYD e Tesla estão em competição há vários meses para ver quem mais vende para o mundo e quem assume o título. Apesar da Tesla liderar o ranking há vários anos, a verdade é que as fabricantes chinesas de automóveis 100% elétricos têm entrado em força no mercado, especialmente no europeu (algo que se prepara para mudar).

Em 2024 a Tesla subiu ao pódio dos veículos mais vendidos em Portugal, algo que ambicionava há anos. Mas só foi possível fazer esta subida com calmaria, uma vez que a empresa de Elon Musk foi pioneira nos 100% elétricos e ainda faltava bastante infraestrutura para assegurar carregamentos. Com o caminho desbravado, em Portugal e noutros territórios, os novos fabricantes têm carta branca para avançar, e é isso que têm vindo a fazer.

A BYD anunciou no primeiro dia do ano que as suas vendas anuais totalizaram 4,25 milhões de automóveis, o que lhe permitiu diminuir a diferença em relação à Tesla. Ora, só em dezembro a marca chinesa vendeu 509.440 veículos entre híbridos plug-in e 100% elétricos. Só as vendas anuais de automóveis puramente elétricos ficou nos 1,76 milhões.

Também os números da Tesla foram revelados durante a tarde, com a marca de Musk a registar a primeira quebra nas vendas desde 2015, mesmo com a redução de preço que habituou vários consumidores. Em causa estará a forte procura pelos automóveis da China, que se apresentam a preços mais baixos.

Entre outubro e dezembro a Tesla entregou 495.570 veículos, o que permitiu aumentar as entregas para 1,79 milhões de automóveis em 2024. Contudo, este valor final fica aquém dos 1,81 milhões de veículos vendidos no ano anterior.

O valor acabou por ficar abaixo das estimativas dos analistas e das perspetivas da própria Tesla. O objetivo já nem era muito ambicioso, com a construtora norte-americana a quer apenas cumprir o “ligeiro crescimento” a que se tinha proposto.

Agora, a distância entre os dois fabricantes concorrentes está mais cerrada que nunca. A uma ‘curta’ distância de 30 mil automóveis, resta ver como é que o mercado automóveis e consumidores se vão comportar na primeira metade do ano.

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