A Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública – IGCP espera arrecadar até 4.250 milhões de euros através de dívida de curto prazo no segundo trimestre deste ano. Paralelamente, o Tesouro prevê a possibilidade de avançar com vendas sindicadas de dívida de longo prazo, além dos leilões de Obrigações do Tesouro (OT), com um montante máximo de 1.250 milhões de euros.
O IGCP vai realizar três leilões duplos de Bilhetes do Tesouro (BT). O primeiro de dívida a três meses e 11 meses terá lugar a 21 de abril, com um montante indicativo entre mil e 1.250 milhões de euros. Prevê para dia 19 de maio um leilão duplo de dívida a seis meses e 12 meses, com um montante indicativo entre 1.500 e 1.750 milhões de euros, estando ainda contemplado um leilão de dívida a três meses e 11 meses no dia 16 de junho, com um montante indicativo entre mil e 1.250 milhões de euros.
No segundo trimestre, o instituto que gere a dívida pública prevê ainda “emissões de OT através da combinação de sindicatos e leilões, sendo esperadas colocações de 1.000 a 1.250 milhões de euros por leilão”, pode ler-se nas linhas de atuação para o segundo trimestre do programa de financiamento do IGCP, divulgado esta quinta-feira.
A instituição presidida por Cristina Casalinho explica que, como habitualmente, os leilões de OT terão a participação dos Operadores Especializados de Valores do Tesouro (OEVT) e Operadores de Mercado Primário (OMP) e “poderão ser realizados à segunda ou quarta quartas-feiras de cada mês após anúncio do montante indicativo e linhas de OT a reabrir até três dias úteis antes da respetiva data de leilão”.
“O IGCP acompanhará ativamente a evolução das condições de mercado, podendo introduzir ajustamentos às presentes linhas de atuação”, assinala.
As necessidades de financiamento líquidas de Portugal para este ano deverão situar-se em cerca de 14 mil milhões de euros este ano, indicou o IGCP – Agência de Gestão de Tesouraria e Gestão de Dívida Pública, no programa de financiamento para 2021.
A instituição presidida por Cristina Casalinho prevê angariar 15 mil milhões de euros através da emissão de dívida de longo prazo, através de leilões, mas também vendas sindicadas e explica ainda que o financiamento líquido resultante da emissão dívida de curto prazo “tenha um impacto nulo no saldo”, sendo “mantida a estratégia de emissão ao longo de toda a curva, combinando prazos curtos com prazos longos”.
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