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Testes rápidos que Espanha comprou à China não funcionam

O problema detetado pelas autoridades de saúde espanholas significa que “os testes não são válidos porque dão muitos falsos negativos”, indicam as autoridades de Madrid, os primeiros a receber o primeiro lote de testes rápidos encomendados.
26 Março 2020, 13h24

O Ministério da Saúde de Espanha comprou alguns materiais sanitários à China, entre os quais se encontram os testes de análise ao novo coronavírus que as autoridades afirmam não funcionar corretamente, afirma o ‘El Mundo’. O Governo de Pedro Sánchez disponibilizou 432 milhões de euros para a compra de materiais sanitários.

Estes testes estão a apresentar uma sensibilidade de cerca de 30%, quando deveria ser acima dos 80%. Desta forma, o problema detetado pelas autoridades de saúde espanholas significa que “os testes não são válidos porque dão muitos falsos negativos”, indicam as autoridades de Madrid, os primeiros a receber o primeiro lote de testes rápidos encomendados.

“Muitos pacientes que testem positivo na PCR [teste de referência, que demora mais tempo], acusam negativo nestes testes rápidos”, sublinham as autoridades madrilenas.

Assim, as autoridades da Comunidade de Madrid denunciaram que estes testes distribuídos são inúteis e que “não valem nada”. “Deram-nos oito mil testes sem os validar e, graças à prudência do Ministério da Saúde, não se realizou nenhuma distribuição maciça”, de forma a indicar falsos negativos e a propagação continuar.

No domingo passado, o Ministério da Saúde anunciou o início da distribuição de 640 mil testes de deteção rápida e os primeiros oito mil a serem distribuídos foram para a Comunidade de Madrid, sendo que o ministro da Saúde espanhol afirmou que o país iria receber, ainda esta semana, um milhão de novos testes.

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