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Tiago Mayan Gonçalves: “A única coisa que move o Presidente é a busca de popularidade”

Candidato apoiado pela Iniciativa Liberal acusou o atual Presidente da República de ter passado o primeiro mandato com a reeleição em mente, afastando-se do Governo apenas quando sentia que a proximidade afetava a sua popularidade.
  • Tiago Mayan Gonçalves
3 Janeiro 2021, 22h48

O candidato presidencial Tiago Mayan Gonçalves acusou Marcelo Rebelo de Sousa de ter gerido o seu primeiro mandato enquanto chefe de Estado mediante o impacto dos seus posicionamentos no apoio que recebe dos eleitores. “A única coisa que move o Presidente é a busca de popularidade”, disse o advogado portuense apoiado pela Iniciativa Liberal, durante o debate realizado pela RTP nesta noite de domingo, acrescentando que “a maioria dos seus vetos foram concretizados no verão, ao ver a sua popularidade a descer”.

Apesar de o atual Presidente da República ter desmentido o interlocutor, contrapondo que a maioria dos seus votos ocorreram em 2019, Tiago Mayan Gonçalves manteve o registo, afirmando que este “sempre se pôs estrategicamente ao lado do Governo exceto quando sente a sua popularidade afetada por isso”. E criticou-o por ter participado no “pacto de silêncio” em torno da morte do ucraniano Ihor Homeniuk, morto quando estava sob custódia do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras no aeroporto de Lisboa. A este propósito, Marcelo disse que manteria hoje a decisão de não contactar a viúva enquanto decorria a investigação do caso.

Tiago Mayan Gonçalves também apontou a Marcelo Rebelo de Sousa a existência de um Portugal de “completa estagnação” e em que “um jovem licenciado tem de sair do país ou inscrever-se no PS”. “Se o senhor Presidente for reeleito vai terminar o seu mandato, com grande probabilidade, como o país mais pobre da Europa”, disse, fazendo referência aos mais de 100 mil milhões de euros já recebidos em fundos comunitários e o endividamento do país em mais de 200 mil milhões de euros.

Respondendo a uma pergunta do moderador do debate, Carlos Daniel, sobre o motivo de não ser o presidente da Iniciativa Liberal a avançar para o Palácio de Belém, como sucedeu no caso do Chega com André Ventura, Tiago Mayan Gonçalves respondeu que João Cotrim Figueiredo “assumiu um compromisso com os eleitores, enquanto deputado desta nação, e vai cumpri-lo até ao fim”.

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