[weglot_switcher]

Tony Blair: “Ainda é possível parar o Brexit”

O antigo primeiro-ministro britânico afirmou que desde o referendo que definiu a saída do Reino Unido da UE, os conhecimentos sobre as implicações aumentaram.
7 Novembro 2018, 13h05

O antigo primeiro-ministro britânico reafirmou a sua posição contra a saída do Reino Unido da União Europeia e considera ser ainda possível que o processo não aconteça. Na Web Summit, Tony Blair defendeu que o governo atual deveria realizar um novo referendo.

“Sou 100% contra o Brexit. Penso que ainda é possível pará-lo porque não é o nosso interesse económico”, afirmou Tony Blair. “Penso que uma eleição geral é muito improvável, mas pelo menos devíamos ter a possibilidade de voltar ás pessoas”.

Tony Blair afirmou que desde o referendo que definiu a saída do Reino Unido da UE, os conhecimentos sobre as implicações aumentaram. Neste momento, na opinião do político, as duas únicas opções são uma saída inútil, em que não se minimize o impacto económico, ou dolorosa, em que o Reino Unido entre num Brexit sem acordo.

“A escolha é entre inútil ou doloroso. Antes disso, penso que devíamos voltar a perguntar as pessoas se querem mesmo avançar nestas condições”, acrescentou Tony Blair.

A data para o Brexit está marcada para 29 de março, mas os termos da saída ainda não estão fechados. No mês passado, a atual primeira ministra britânica, Theresa May, garantiu que o acordo entre o Reino Unido e a UE está próximo de ser alcançado, sinalizando que questões como o futuro de Gibraltar, a segurança, o respeito pelo direito de residência dos europeus no Reino Unido e a continuidade da base militar britânica em Chipre, por exemplo, já estariam fechadas.

O grande entrave que continua por determinar é a fronteira entre a República da Irlanda e a província britânica da Irlanda do Norte. Londres e Bruxelas concordam que a realização de controlos na fronteira é de evitar, mas ambos os lados têm diferentes soluções a partir de dezembro de 2020, a data final do período de transição.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.