Tony Blair considera que as eleições intercalares nos Estados Unidos não foram nenhuma uma vitória, nem uma derrota para o atua presidente Donald Trump. O antigo primeiro-ministro do Reino Unido falou sobre o voto que resultou num Congresso dividido, na Web Summit, que se realiza até ao final da semana em Lisboa.
“Uma mudança no Congresso é um desafio para Trump porque vai haver investigações e quem vá atrás das suas pessoas. Mas se eu fosse democrata, hoje estaria a coçar a cabeça e a fazer alguma avaliação. O resultado não é assim tão mau para Trump”, afirmou Tony Blair, na cimeira.
O Partido Republicano de Donald Trump perdeu a maioria que tinha na Câmara dos Representantes, mas conservou a do Senado. Os republicanos perdem assim uma maioria que conservaram nos últimos oito anos e enfraquecem a posição do presidente Donald Trump, que passa a contar com uma Câmara adversa às suas posições, o que pode ser um poderoso entrave às políticas da Casa Branca.
Questionado sobre o enfraquecimento da posição do presidente, Blair respondeu apenas: “Tentar prever Donald Trump… É um desafio”.
Em sentido contrário, a posição democrata poderá também não ter saído beneficiada. O britânico considerou ainda que as próximas eleições presidenciais nos EUA estão cada vez mais incertas.
“Ao olhar para 2020, pode haver uma vitória democrata, mas é muito inserto. O que representa é que o populismo não foi ainda esgotado”, referiu Tony Blair. “Os democratas não podem tomar como garantido [que vão ganhar as próximas eleições] e terão de ter muito cuidado com o que vão fazer”, acrescentou o político britânico.
[Notícia atualizada às 12h50]
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