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Topo de agenda: o que não pode perder na economia e nos mercados esta semana

Semana recheada de acontecimentos na vertente empresarial, onde muitas empresas nacionais e estrangeiras vão apresentar resultados do último trimestre e distribuir dividendos relativos a 2018. Destaque para a atualização das previsões económicas da Comissão Europeia.
  • Christian Hartmann/Reuters
6 Maio 2019, 07h49

Atividade produtiva na Zona Euro

Segunda-feira é divulgado o PMI relativo ao mês de abril na Zona Euro. O índice é relevante na medida em que demonstra como evoluem os setores de produção industrial e dos serviços, sinalizando as tendências económicas no curto-prazo. Em março, o PMI situou-se nos 51,3 pontos. Se o PMI de abril ficar abaixo dos 50 pontos significa que poderemos estar perante uma contração da atividade produtiva.

Bruxelas atualiza projeções económicas 

A Comissão Europeia, o órgão executivo da União Europeia (UE), liderado por Jean-Claude Juncker, divulga esta terça-feira a atualização das projeções económicas para a Zona Euro. Na projeção de inverno, Bruxelas estimou que a economia das 19 países do Euro iria crescer 1,3% em 2019 e 1,6% em 2020.

Tesouro emite até 1.250 milhões de euros

A Agência de Gestão de Dívida Pública – IGCP realiza na quarta-feira um leilão duplo de Obrigações do Tesouro (OT) a 10 e 15 anos, com o objetivo de angariar até 1.250 milhões de euros. No último leilão a 10 anos, Portugal voltou a financiar-se à taxa mais baixa de sempre nesta maturidade. O Tesouro emitiu 600 milhões de euros, com uma taxa de alocação de 1,143%, tendo a procura superado a oferta em 2,28 vezes. Já no último leilão a 15 anos, foram colocados 295 milhões em OT, com uma taxa de 2,045%, tendo a procura superado a oferta em 2,29 vezes.

Resultados empresariais

A semana continua com as empresas, nacionais e internacionais, a apresentarem resultados relativos ao último trimestre de atividade. Na terça-feira, o banco Santander Totta apresenta resultados relativos ao primeiro trimestre do ano.

Nas cotadas no PSI 20, a NOS, Corticeira Amorim e EDP Renováveis divulgam os resultados do primeiro trimestre do ano, na quarta-feira. A empresa detida em 80% pela EDP e liderada por Manso Neto vai proceder ao pagamento de dividendos relativos a 2018, entregando 61,1 milhões de euros aos acionistas. Seguem-se na quinta-feira a apresentação dos resultados relativos ao primeiro trimestre do ano da papeleira Navigator, tal como o Millennium bcp. Já na sexta-feira, é a vez da F.Ramada apresentar os resultados trimestrais.

Do outro lado do Atlântico, a Disney apresenta os resultados do segundo trimestre do ano, isto depois de ter anunciado o Disney Plus, o serviço de streaming que vai competir no mercado com a Netflix, a Hulu ou a HBO.

Na quinta-feira, segue-se a espanhola Cellnex, operadora líder de infraestruturas de telecomunicações sem fio na Europa, que está no concurso para adquirir a fibra da Meo, tal como o Jornal Económico noticiou.

EUA e China: mais uma ronda de negociações 

As negociações comerciais entre os Estados Unidos e a China vão continuar esta quarta-feira, com a visita de uma comitiva chinesa a Washington, depois deste domingo, o presidente norte-americano, Donald Trump, ter anunciado o aumento de 10% para 25% nas taxas sobre alguns produtos chineses. “Uma política comercial convincentemente mais construtiva – através do Twitter ou através de meios mais convencionais – entre Washington e Pequim é crucial, particularmente para o setor de manufactura voltado para a exportação, com o objetivo de acabar com a fase de debilidade”, salienta Ann-Katrin Petersen, vice presidente da Global Economics & Strategy da Allianz Global Investors. Isto quando, na quinta-feira, será divulgada a balança de pagamentos norte-americana relativa ao mês de abril.

A IPO do ano

É um dos IPO (Oferta Pública Inicial) mais aguardados do ano e está na corrida para roubar ao Facebook o título de “maior estreia no mercado tecnológico dos EUA”, segundo o Financial Times. A Uber deverá estrear-se esta sexta-feira em bolsa e espera levantar até 10 mil milhões de dólares (aproximadamente 8,9 mil milhões de euros). Apesar da última avaliação da empresa de transportes apontar para 76 mil milhões de dólares, os analistas estimam que valorize para cerca de 100 mil milhões de dólares.

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