Tóquio vai trabalhar apenas quatro dias por semana

O país que até inventou uma palavra–“karoshi”– para a morte causada pelo trabalho em excesso, tenta inverter a premissa. Em declínio demográfico há década e meia, o Japão é um laboratório de medidas e um farol para países que nas próximas décadas serão atingidos pelo furação.

Tóquio, coração de uma região com 37 milhões de pessoas, o que faz dela a maior área metropolitana do mundo, vive o problema na exata dimensão da sua grande proporção. A governadora, Yuriko Koike, anunciou, estes dias, um novo cronograma de trabalho: três dias de folga por semana para os seus cerca de 160 mil funcionários.

A medida traz horários de trabalho ainda mais flexíveis – a função pública beneficia já de um sistema que permite um dia extra de folga em cada mês – principalmente para pais de crianças pequenas e garantir que as mulheres não têm que sacrificar a carreira pela vida pessoal. Entra em vigor a partir de abril do próximo ano.

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