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Tóquio2020: Jorge Fonseca aponta como segredo “muito trabalho e determinação”

“Dedico a todos os portugueses, às pessoas que estão a passar por momentos difíceis, devido à covid-19”, afirmou, avisando que não quer parar: “Tenho muito mais para conquistar. Tenho 28 anos e quero divertir-me. Tenho fome de títulos. Quero mais”.
31 Julho 2021, 10h48

O judoca Jorge Fonseca, que conquistou a medalha de bronze na categoria de -100 quilos nos Jogos Olímpicos Tóquio2020, apontou hoje, no regresso a Portugal, que o segredo da conquista passa por “muito trabalho e determinação”.

“O segredo dessa medalha é muito trabalho e determinação. Dediquei-me a essa medalha. Quero o ouro, trabalhei para o ouro. Infelizmente, conquistei o bronze. Agora, vou trabalhar para mais. Tenho três anos e quero o ouro em Paris”, disse aos jornalistas, no aeroporto de Lisboa, onde foi recebido em apoteose por familiares, amigos e muitos curiosos, que o aplaudiram quando passou pelo pórtico das chegadas.

Com a medalha ao pescoço, e acompanhado pelo treinador Pedro Soares, que é “como um pai” para Jorge Fonseca, o judoca expressou que não está totalmente feliz porque considera “ter capacidade para muito mais” do que o bronze, mas, mesmo assim, o sentimento é de felicidade por poder dedicar a medalha a todos os portugueses.

“Dedico a todos os portugueses, às pessoas que estão a passar por momentos difíceis, devido à covid-19”, afirmou, avisando que não quer parar: “Tenho muito mais para conquistar. Tenho 28 anos e quero divertir-me. Tenho fome de títulos. Quero mais”.

O atleta vincou o desejo de, em Paris2024, conseguir realizar com sucesso a sua ‘imagem de marca’, de dançar em pleno ‘tatami’ após vencer a medalha de ouro: “Vou dançar o pimba em Paris. Vai ser lindo. É uma promessa. Prometo e vou cumprir”.

Como tal, e após uns breves dias de descanso, Jorge Fonseca vai “começar a trabalhar o mais rápido possível para grandes objetivos”, deixando também uma mensagem aos jovens judocas portugueses, que perseguem o sonho de alcançar o patamar do atleta.

“É muito importante que os judocas portugueses tenham a mesma mentalidade que eu. Não gosto de falhar e que me apontem o dedo. Quero ser o melhor de todos os tempos em Portugal. E vou ser, de certeza que vou conquistar mais títulos”, garantiu.

No pódio, o atleta não conteve as lágrimas, que confessou serem de alguma tristeza: “Foi de ver o ouro a passar e estar a receber o bronze. Foi um momento de frustração, mas ser bronze nos Jogos Olímpicos não é fácil. Não é qualquer um que chega lá”.

Jorge Fonseca revelou que ainda não dormiu “quase nada” desde a conquista da medalha, com a qual vai dormir esta noite, antes de ir parar a casa da sua mãe, a “fã número 1”, que coleciona todas as medalhas conquistadas pelo bicampeão mundial.

O judoca agradeceu ainda ao presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e ao presidente do Sporting, Frederico Varandas, deixando ainda a convicção de que a Missão portuguesa nos Jogos Olímpicos ainda vai conquistar mais medalhas.

“Acredito que Portugal vai ter mais medalhas. Desejo boa sorte aos meus colegas em Tóquio”, frisou, esperando ver aumentado o número de medalhas do desporto português em Jogos Olímpicos, que Jorge Fonseca fixou atualmente em 25.

Portugal passou a contar quatro medalhas de ouro olímpicas, oito de prata e 13 de bronze, três das quais no judo, por Telma Monteiro (-57 kg), no Rio2016, Nuno Delgado (-81 kg), em Sydney2000, e, agora, Jorge Fonseca, em Tóquio2020.

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